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Maestro demitido por Serra ganha ação trabalhista

O maestro John Neschling ganhou a ação trabalhista que movia contra a Fundação Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). A Justiça considerou nulos os contratos do regente com a orquestra e avaliou que ele deveria ser considerado um empregado, com direito a férias, 13º salário, FGTS e indenização por ter sido demitido. A sentença determina que Neschling receba R$ 4,3 milhões. Os advogados da fundação informam que vão recorrer.

Neschling foi demitido da Osesp em janeiro e, dois meses depois, entrou na Justiça exigindo que a direção da orquestra lhe pagasse R$ 12,5 milhões.

O valor equivale a cem salários que ele recebia como regente (R$ 125 mil por mês). A defesa do maestro sustentou que ele foi desrespeitado como ser humano por ter sido demitido por e-mail, com ampla divulgação inclusive no site da orquestra.

No ano passado, depois de intensa pressão do governador José Serra, que queria tirá-lo do cargo, Neschling comunicou ao conselho da Fundação Osesp que não renovaria seu con trato. Na ocasião, no entanto, fi cou combinado que o maestro permaneceria à frente da Osesp até o fim de 2010, como previa seu contrato.

A situação, no entanto, ficou insustentável. Neschling, que chegou a chamar Serra de "meni no mimado" e "autoritário" logo no começo do governo, continuou a dar entrevistas espinafrando o governador e o secretário da Cultura, João Sayad, mesmo depois de ter sua saída definida. A gota d'água foram as críticas que ele vinha fazendo publicamente à decisão do conselho de formar um comitê para a escolha de seu sucessor.

Com agências