Cesta básica fica mais cara em Salvador

O custo médio da cesta básica em Salvador subiu 1,43%, passando de R$ 197,63 em outubro para R$ 200,45 em novembro. Os números foram divulgados na quarta-feira (2/12), pelo Dieese, com base na Pesquisa Nacional de Cesta Básica realizada nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

A cesta básica em Salvador se mantém como a sexta mais barata entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Ao longo dos últimos doze meses – dezembro de 2008 / novembro de 2009 – o custo dos alimentos básicos teve alta de 7,56% na capital. Entre janeiro e novembro a alta acumulada foi de 3,83%.

Segundo o Dieese, a pesquisa é feita com base no valor pesquisado em 12 produtos. O aumento no valor da cesta básica representou uma redução no poder de compra do trabalhador e acontece devido a alta de preços em oito dos doze produtos que a compõem. O tomate foi o grande responsável pela alta. Apenas a carne, o leite, o pão e o açúcar registraram redução de preço.

O trabalhador que mora em Salvador e ganha um salário mínimo gastou 46,86% do seu rendimento líquido com a cesta básica em novembro. Em outubro, o índice era de 46,20%. Hoje, a renda líquida para quem ganha o salário mínimo é R$ 427,80, após o desconto de 8% da contribuição previdenciária.

O valor gasto com a cesta básica para uma família composta por quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, sendo que os pequenos consomem o equivalente a um adulto) foi de R$ 601,35 durante o mês de novembro. Em outubro, o custo da cesta básica para esta mesma família era de R$ 592,89.

Com isso, o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em novembro de 2009, a cesta básica aumentou, na comparação com o mês anterior. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 98 horas e 58 minutos para realizar a mesma compra que, em outubro, exigia a execução de 97 horas e 27 minutos. Em novembro de 2008, a mesma compra necessitava a realização de uma jornada bem maior, de 111 horas e 4 minutos.

O Dieese calcula ainda que o salário mínimo deveria ser hoje de R$ 2.139,06 para atender a determinação constitucional, que estabelece que o mínimo deve suprir as despesas do trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Esse mínimo ideal equivale a 4,60 vezes o salário mínimo atual. Em novembro do ano passado, o valor estimado era de R$ 2.007,84 – ou 4,84 vezes o mínimo oficial da época (R$ 415,00).

Da redação local,
Com informações do jornal Atarde