É a economia!

 A edição deste sábado do jornal Zero Hora publicou um artigo da deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) sobre a COP-15 que está debatendo as mudanças climáticas em Copenhague.

Leia o artigo:

É a economia!

O mundo tem acompanhado atentamente os debates da 15.ª Conferência das Partes em Copenhagen. Esta é a primeiro grande foro internacional pós-Bush e sua política unilateral. Por trás da busca de acordos que ampliem os objetivos do Protocolo de Kioto, está um rearranjo de forças forçado pela evidente mudança climática e também a luta em defesa do desenvolvimento sustentável.

Parafraseando o marqueteiro de Clinton, James Carville o que está por trás dos encontros e desencontros da Conferência “é a economia”. Apesar do avanço na posição americana, os países ricos ainda apresentam propostas tímidas e aventam a possibilidade de impor controles rígidos aos países em desenvolvimento como o Brasil, Índia e China.

Isso lembra a divulgação há alguns anos da estapafúrdia proposta de internacionalização da Amazônia devido à nossa suposta incapacidade em protegê-la. O que menos move os países ricos são as preocupações ambientais. O centro de sua atenção é o crescimento e o desenvolvimento, deles, é bom explicitar.

Nosso planeta vem sofrendo alterações climáticas severas desde o início da Revolução Industrial. É fundamental que a humanidade diminua as emissões de gases estufa. A continuar o aquecimento nos patamares de hoje, sofreremos graves consequencias nas cidades e na agricultura.

Podemos ter perdas irremediáveis no meio ambiente e na diversidade biológica do planeta, inviabilizando nossa própria sobrevivência como espécie. Mas temos que nos atentar que o santuarismo, defendido por alguns esconde por trás de uma necessidade, muitas vezes objetivos difusos que em nada tem haver com a preocupação ambiental.

Mantendo a política altiva que o Brasil assumiu no governo Lula nos foros internacionais, apresentamos uma proposta concreta de redução, sem comprometimento do desenvolvimento.

Este é o caminho a ser perseguido. Num momento importantíssimo para a humanidade como este, é preciso avançar e ao mesmo tempo manter as conquistas. O que está em jogo é nosso presente e nosso futuro.

Dep. Manuela d’Ávila (PCdoB/RS)