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Coreia: novo embaixador visita PCdoB e destaca laços entre países

Recém-empossado na Embaixada da República Popular e Democrática da Coreia no Brasil, Ri Hwa Chun esteve hoje (15) na sede do PCdoB, em São Paulo, acompanhado pelo terceiro secretário da embaixada, Ma Kyong Ho. Ambos foram recebidos pelo secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho e por dirigentes e militantes que lhes deram as boas-vindas e assistiram a vídeo e exposição trazidos pelos comunistas norte-coreanos.

Embaixador norte-coreano no PCdoB - dez2009

Através de fotos, livros e do próprio vídeo, o embaixador procurou trazer aos brasileiros um pouco da história e da cultura de seu povo. Segundo Ri Hwa Chun, o Partido do Trabalho da Coreia e o PCdoB “têm tradição nas relações bilaterais” e ao longo desses anos desenvolveram laços importantes para a luta pelo socialismo. “Foi um marco a visita que João Amazonas fez ao nosso país em 1992”, disse o embaixador referindo-se ao encontro entre o dirigente comunista brasileiro e o presidente Kim II Sung em abril daquele ano, quando os dois partidos passaram a dialogar com maior proximidade e continuidade.

“Essa cooperação entre os dois partidos é muito importante para nossa luta e somos muito gratos ao apoio e solidariedade para com a nossa causa, especialmente nos anos 1990, um período especialmente difícil para nosso povo”, recordou, referindo-se à crise resultante da queda da União Soviética.

Voltando-se em seguida para o futuro, o diplomata salientou que o governo norte-coreano tem se empenhado para que em 2012 – ano do centenário de nascimento de Kim Il Sung – o país seja o que chamou de “potência próspera”. “Queremos que nosso povo esteja à frente desse processo e que consiga conquistar uma vida melhor e mais feliz do que os povos de muitos países”, explicou, comparando o padrão socialista com o capitalista.

Ao abrir a cerimônia, José Reinaldo Carvalho (foto) reafirmou o “desejo dos comunistas de que o embaixador tenha sucesso em sua nova missão” e a “solidariedade do PCdoB com a causa coreana”, especialmente no que diz respeito “às posições tomadas pela República da Coreia em relação à política externa, à luta pela paz, pela unificação da península e pela soberania nacional e à dissuasão nuclear”. Na mesa, o dirigente esteve acompanhado de Nádia Campeão (direita), presidente do PCdoB-SP e Socorro Gomes (esquerda), presidente do Cebrapaz.

Além disso, o dirigente disse “estar muito feliz com a política de maior diálogo e aproximação estabelecida entre os dois países”, simbolizada pela abertura neste ano de embaixada brasileira no país, quatro anos após a instalação de embaixada norte-coreana no Brasil. “Consideramos que essa maior aproximação é bastante salutar para o estabelecimento da paz no mundo e para o desenvolvimento dos dois países”. Ele lembrou ainda as visitas feitas após a ida de Amazonas em 1992: a de abril de 2002 e a de 2008, quando o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, esteve no país.

Por fim, foi exibido vídeo sobre o Arirang, espetáculo tradicional que envolve cerca de 150 mil pessoas em um estádio e que, através da mistura de teatro, música, dança e ginástica conta a história da RPDC e suas lendas. Um dos aspectos mais impressionantes é a formação, por milhares de pessoas, de painéis gigantes que mudam de imagem em perfeita sincronia, expressão viva da organização e disciplina do povo norte-coreano.

De São Paulo,
Priscila Lobregatte