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Desemprego no Brasil cai à menor taxa no ano em novembro

A taxa de desemprego brasileira caiu pelo 3º mês seguido e teve o menor patamar para um mês de novembro desde 2002, mas o mercado de trabalho ainda sente resquícios da crise financeira mundial. O rendimento, por outro lado, está mostrando recorde de alta neste ano.

O desemprego nas seis regiões metropolitanas do País caiu para 7,4% em novembro, ante 7,5% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Essa foi a menor variação desde dezembro do ano passado e o menor taxa para novembro desde o início da série histórica. Analistas previam taxa de 7,4%.

Apesar da queda, a taxa média de desemprego no ano está em 8,2%, acima da verificada em 2008, de 8%. "O mercado ainda sente os efeitos (da crise). Os avanços que se esperava para o mercado de trabalho em 2009 não aconteceram e os dois anos são muito parecidos", disse o economista do IBGE Cimar Pereira.

Segundo ele, a ocupação reflete bem os impactos da crise. Antes da crise, o número de vagas superava o crescimento da população em idade para trabalhar. No pós-crise, há uma inversão nessa razão. Em novembro, a população ocupada cresceu 0,7% ante novembro de 2008 contra o avanço de 1,8% na População em Idade Ativa (PIA). "A ocupação crescer menos que a PIA é um reflexo claro da crise. Antes não havia isso", avaliou Pereira.

O economista do IBGE lembra que a crise ainda se manifesta no trabalho formal. Embora, o emprego com carteira tenha crescido 0,8% ante outubro e 0,7% frente a novembro de 2008, o ritmo diminuiu fortmente nos últimos meses e também ficou abaixo dos resultados da PIA.

"Houve um perda clara na expansão do trabalho com carteira em razão da crise", afirmou o economista. "Cada crise tem sua característica. Para dissipar a crise, se leva tempo. Muitos postos foram desfeitos e não se sabe quanto tempo vai demorar para livrar do prejuízo."

Renda

Já o rendimento do trabalhador brasileiro ocupado passou quase incólume à turbulência internacional em 2009.  A média do ano, de R$ 1.347,83, é a maior da série iniciada em 2002 e deve fechar o ano em patamar recorde, segundo Pereira. "Esse ganho pode ser atribuído ao aumento do salário mínimo e ao controle da inflação."

Na média do ano, o rendimento tem alta de 3,4% em relação a 2008. Em novembro apenas, o rendimento médio do trabalhador caiu 0,1% sobre outubro e aumentou 2,2% ante o ano passado, a R$ 1.353,60.

Com informações da Agência Brasil