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Sicsú: Brasil retorna à trajetória de crescimento traçada em 2006

A crise financeira internacional tirou o Brasil da trajetória de crescimento e desenvolvimento que havia sido traçada desde 2006. Mas, embora o país ainda não tenha superado a crise de forma completa, já está vivendo um momento de certa recuperação, na avaliação do diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Sicsú.

Para o economista todos os dados referentes à taxa de desemprego, número de trabalhadores contratados no mercado formal, produção da indústria indicam que "estamos numa fase de superação da crise e vamos retomar a nossa trajetória de crescimento e desenvolvimento já a partir do segundo semestre". Sicsú disse que a partir de 2010, o Brasil estará numa rota "bastante aceitável" de crescimento e desenvolvimento.

"Precisamos de arrecadação de impostos e contribuições por parte do governo. Mas, desenvolvimento é o crescimento com inclusão social e com sustentabilidade ambiental", disse Sicsú ao participar do debate que o Conselho Regional de Economia do Estado do Rio de Janeiro (Corecon/RJ) promove hoje (13) em sua sede, nesta capital, para comemorar o Dia do Economista.

Na avaliação do economista do Ipea, o Brasil está avançando nessa direção ao ampliar a cobertura e o valor do Bolsa Família, do salário mínimo e da cobertura e valor dos programas da Previdência Social. Por isso, afirmou que 2009 será um ano de recuperação e, em 2010, o Brasil retomará a rota projetada a partir de 2006. Ponderou, porém, que é preciso acelerar essa volta à trajetória de crescimento e desenvolvimento.

Medidas recentes adotadas pelo governo federal vão nessa direção. Entre elas, citou o programa de construção de moradias populares "Minha casa, minha vida", a redução de impostos em operações de crédito e em segmentos industriais, e a ampliação de crédito por meio da diminuição da taxa de juros dos bancos públicos.

João Sicsú disse que a crise é sempre negativa, mas ela mostrou como a economia brasileira está mais fortalecida, uma vez que atingiu outros países de forma dura e aguda, enquanto, no Brasil, a "trombada" foi muito mais leve.

A informação é do Monitor Mercantil