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Governo do Suriname nega preconceito contra brasileiros

Depois do ataque a estrangeiros no último dia 24 no Suriname, a ministra de Negócios Estrangeiros do país vizinho, Ligya Kraag-Keteldijk, negou que haja resistências ou preconceito à comunidade brasileira. Mas admitiu que o governo surinamês foi pego de surpresa pelo ato de violência.

Kraag-Keteldijk concedeu entrevista coletiva, nesta segunda-feira (28), em Paramaribo (capital do Suriname), ao lado do embaixador do Brasil no país vizinho, José Luiz Machado e Costa. A ministra disse que o governo do Suriname está tomando todas as providências para evitar que episódios semelhantes se repitam no país. Segundo ela, a situação está sob controle.

A ministra disse ainda que há intenção de seu governo em ampliar e intensificar as relações bilaterais com o Brasil. Mas os diplomatas não esclareceram quais áreas deverão ser atingidas.

As relações políticas e econômicas entre o Brasil e Suriname são intensas. Há uma série de ações conjuntas envolvendo os dois países. O Suriname apoia o esforço brasileiro em tentar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Por sua vez, o Brasil cede espaço nas academias militares para a formação de surinameses e colabora com frequência com assistência humanitária para o país vizinho, que sofre com as enchentes e suas consequências.

No ano passado, o Brasil exportou US$47 milhões e importou US$29 milhões. De 2003 a 2008, o fluxo comercial aumentou em 360%. Os principais produtos exportados pelo Brasil são produtos derivados do frango, máquinas e instrumentos mecânicos e calçados.

Do Suriname, o Brasil compra principalmente alumina calcinada. O Suriname tem uma dívida externa com o Brasil da ordem de US$116 milhões.

Apesar da relação positiva com o Brasil, a maioria da comunidade brasileira que vive no país vizinho está em situação irregular. A estimativa é que há cerca de 15 mil brasileiros na região que dependem da mineração e atividades correlatas. Para os surinameses, a imagem do Brasil está associada ao garimpo ilegal, prostituição e a outras atividades ilícitas.

Fonte: Agência Brasil