Governo quer evitar que caravana seja motivo de ação judicial

Patrícia Saturno

Em entrevista nesta quinta-feira, 14, o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) afirmou que a caravana do "Acelera Tocantins" só vai começar quando não houver nenhum risco de problemas com a Justiça Eleitoral. “Só vamos fazer quando estiver 100% legalizado, 100% sem nenhum risco jurídico, para não atrapalhar as nossas ações”, disse.

Dessa forma, confirmou que a caravana pode não ser iniciada no prazo pré-estabelecido por ele – 24 de janeiro. Isso porque, segundo Gaguim, para dar início, primeiro serão ouvidas de todos os órgãos competentes – Justiça Eleitoral, Ministério Público, Tribunal de Contas, entre outros – orientações no sentido de evitar ações judiciais por possível característica eleitoreira.

Segundo ele, está sendo feito um planejamento junto com um corpo de advogados visando não ferir a Justiça Eleitoral, de forma que o programa não tenha “cunho político”. “Não estou falando em política, não quero falar em política. Quero falar em trabalho “, declarou.

A previsão ainda é, segundo disse durante cerimônia nesta manhã, fazer a caravana de ônibus, andado cerca de 30 municípios por final de semana, até chegar a todas as cidades. Entre as ações que disse pretender fazer nesses municípios – e que poderia caracterizar ação político-eleitoreira – é o lançamento de obras, entrega de ônibus e a implantação de projetos como a construção de uma clínica da mulher em cada cidade. “Estamos fazendo tudo para começar este mês, mas se atrasar, é por causa da questão da Justiça Eleitoral”, ponderou.Sua proposta, segundo afirmou, é criar condições para que a população tenha qualidade de vida.

A meta é evitar que a caravana seja comparada com projetos como o que foi um dos principais motivos da cassação o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) – o “Governo mais perto de você”. Apesar de Miranda alegar se tratar de um projeto de governo, a Justiça considerou que havia caráter eleitoreiro no programa.
Extraido do site www.clebertoledo.com.br