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Comissão do Congresso aprova reforço na ajuda ao Haiti

A Comissão Representativa do Congresso aprovou a mensagem do presidente Lula que aumenta de 1.300 para 2.600 o contingente militar brasileiro no Haiti. A Comissão, reunida na tarde desta segunda-feira (25), serviu também de homenagem aos brasileiros mortos no terremoto que devastou aquele País. Além dos membros da comissão, também participaram da reunião os líderes partidários.

Ao colocar ao mensagem em votação, o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP) destacou o peso da atuação do Brasil no mundo e nível de profissionalização do exército brasileiro para desempenhar ações de paz, que já ocorreu no Egito, na República Dominicana e agora no Haiti, que honra o povo brasileiro.

Ele disse que da votação é resultado do trabalho do Congresso, cujos parlamentares abandonam ideologia e divergências pessoais para cumprir o dever de atender a mensagem presidencial que reúne o sentimento de todo o povo brasileiro.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a exemplo dos demais oradores, fez homenagem a Zilda Arns, ao diplomata Luis Carlos da Costa e aos militares brasileiros mortos no terremoto naquele País. “Eles deixaram marcados no solo do Haiti o carinho e o esforço brasileiro para que aquela nação encontre o seu caminho”, afirmou Arruda.

Ai de ti, Haiti

Os parlamentares, em seus discursos, também lembraram que a dimensão da tragédia natural é maior no Haiti em função da tragédia social que já vivia o país, vítima da exploração dos países desenvolvidos e dos seus governos.

“Ai de ti, Haiti, destruído e devastado pelos exploradores. Já vivia tragédia social brutal que ganhou visibilidade com o terremoto, fruto da herança maldita que o povo haitiano recebeu”, destacou o senador comunista, apresentando elementos da história do País.

Citando o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, Inácio Arruda disse que o povo do Haiti gosta de recolher nas ruas sucata para transformar em arte e hoje o Haiti é como sucata que espera não só apoio, mas que deve sair dessa situação pelas mãos do seu próprio povo.

Dos 900 militares que deverão ser enviados imediatamente ao Haiti, 750 integram um batalhão de infantaria e 150 são da polícia do Exército. Eles farão parte da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

Da sucursal de Brasília