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PCdoB quer maior ação militante em campanha contra bases dos EUA

Como partido internacionalista e defensor da paz contra a guerra imperialista, o PCdoB tem apoiado ações ligadas a essas causas mundo afora. Entre elas a campanha “América Latina e Caribe: uma região de paz”, contra as bases militares estrangeiras. “Precisamos do envolvimento de toda nossa militância por todo país”, disse Ricardo Abreu (Alemão), novo secretário de Relações Internacionais do partido.

A campanha, lançada no Brasil pelo Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) durante o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em janeiro, já conseguiu a adesão de 70 organizações e redes dos movimentos sociais de dentro e de fora do país e conta com o apoio internacional do Conselho Mundial da Paz, dirigido pela brasileira Socorro Gomes.

Como forma de apoiar essa ação, o PCdoB está se esforçando para fazer com que seus militantes e dirigentes atuantes em movimentos sociais também se engajem. “O PCdoB, no que diz respeito às ações internacionais, não atua apenas nas relações políticas com partidos comunistas, antiimperialistas e democráticos, mas também se relaciona com movimentos populares”, diz Alemão. Segundo ele, “tentamos também impulsionar os movimentos de solidariedade internacional ligados a diversas causas, como, por exemplo, essa das bases estrangeiras ou a da palestina”.

Foi com essa perspectiva que o PCdoB participou, há cinco anos, da criação do Cebrapaz, entidade autônoma e apartidária, “mas que nasceu para organizar e impulsionar ações dos movimentos de solidariedade aos povos pela paz e contra a guerra imperialista”, explica o dirigente.

Conforme destaca Alemão, no âmbito partidário “as relações internacionais cabem ao Comitê Central do PCdoB, mas os comitês estaduais e municipais bem como nossas organizações de base podem ajudar a mobilizar a militância em prol dessa luta. Por isso, estamos orientando as direções locais a divulgar a campanha buscando adesão estadual”.

Para Alemão, “o importante é todos os comunistas participarem para que a campanha tenha nos estados a amplitude de adesão que tem tido de dezenas de entidades em nível nacional”.
Assim, o PCdoB deverá estar junto também em atividades ligadas à campanha realizadas pelo país. Do ponto de vista nacional, o partido tem procurado divulgar tal ação para partidos comunistas, operários, democráticos e populares e vai fazer o mesmo durante reunião preparatória do Fórum de São Paulo, em março, no México. “Vamos pedir a adesão das organizações presentes”, colocou Alemão.

Campanha

Apesar do pouco tempo, a campanha tem ganhado cada vez mais adesões. Até o momento, cerca de 70 entidades fazem parte dela. Entre elas, MST, o Encontro Sindical Nossa América, UNE, Ubes, Conam, CTB, Movimento dos Atingidos por Barragens, Via Campesina, CUT, Unegro, UBM, UJS, Marcha Mundial das Mulheres, Rede Social, Consulta Popular e Jubileu Sul Brasil.

A campanha “América Latina e Caribe: uma região de paz” destaca que hoje as cerca de mil bases estadunidenses espalhadas pelo mundo têm como objetivo “ameaçar, intimidar nações e povos que se oponham aos seus interesses e garantir o controle de fontes de energia, recursos naturais e o domínio de rotas e fluxos comerciais”.

Coloca ainda que tais ações resultam da “perda de influência e das mudanças políticas que têm ocorrido na América Latina e Caribe”, mudanças essas que levaram o continente a uma virada rumo à construção de um caminho próprio e autônomo. Por isso, a campanha prega que, “com o intuito de dar uma resposta desde as ruas à crescente militarização do continente e de nossas fronteiras”, os movimentos sociais decidiram “organizar e conformar uma ampla e massiva campanha que tenha por objetivo a defesa da transformação da América Latina e do Caribe em um Território Livre de Bases Militares Estrangeiras”.

Para saber mais sobre a campanha, acesse a página do Cebrapaz.

Da redação