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Países da CPLP apóiam Brasil no Conselho de Segurança da ONU

 Os membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), reunidos em Brasília, fecharam acordo para apoiar a candidatura do Brasil ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O ministro interino das Relações Exteriores, Antônio Patriota, disse ontem (31) que o objetivo é que todos os “países de língua portuguesa se apóiem mutuamente”, em pleitos em organismos internacionais.

“A ideia é que apoiemos mutuamente nossas candidaturas. À medida que um país da nossa família se candidate a uma vaga em organismo internacional vai ter nosso apoio”, disse Patriota, no encerramento do ciclo de encontros realizado durante a Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que reuniu os oito países que integram a CPLP – incluindo o Brasil.

O Brasil ocupa um dos dez assentos rotativos do Conselho de Segurança, mas o objetivo do governo é conquistar um lugar permanente. Para isso será necessário promover a reforma na ONU. As discussões sobre a reformulação do conselho ocorrem desde a década de 60. Para vários países, há um desequilíbrio na composição do conselho. Uma das críticas é a ausência de países ricos, como Japão e Alemanha, outra é a ausência de países populosos como Índia e Brasil.

Pelo formato atual, são integrantes permanentes a Rússia, China, França, o Reino Unido e os Estados Unidos. O Brasil e mais nove países ocupam os assentos rotativos cujo mandato é de dois anos.

O Conselho de Segurança tem o poder de autorizar a intervenção militar em qualquer país que integre as Nações Unidas. Os conflitos e crises políticas são analisados pelo conselho que examina a necessidade de intervenções militares ou missões de paz da ONU.

O conselho foi criado em 1945, junto com a ONU, depois do fim da 2ª Guerra Mundial. O Brasil e outros países que defendem a reforma afirmam que o formato atual do órgão não corresponde ao mundo do século 21. Pelas negociações em curso, o conselho reformado teria entre os seus integrantes permanentes dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África.

Fonte: Agência Brasil