Sem categoria

ONU faz apelo sobre criação imediata de Estado palestino

O Comissário-Geral da UNRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, Filipo Grandi, pediu nesta quinta-feira (8) a criação imediata de um Estado palestino para aliviar o sofrimento dos moradores da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.

A solicitação foi feita em pronunciamento durante a 7ª Conferência Internacional de Ajuda Humanitária e Desenvolvimento de Dubai, DIHAD 2010, que aconteceu esta semana nos Emirados Árabes Unidos.

Estado Viável

"Segundo o Comissário-Geral, o estabelecimento de "um Estado palestino viável e seguro", juntamente com "uma solução justa e duradoura para a situação dos refugiados", é o único meio pelo qual a situação palestina será resolvida.

Filippo Grandi pediu a intervenção da comunidade internacional para que esses objetivos, que chamou de "vitais", sejam alcançados.

Em seu pronunciamento, o representante da UNRWA relatou as dificuldades enfrentadas pelos moradores da Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Ciclo de Pobreza

Segundo ele, o cotidiano dos palestinos é "dominado por um ciclo de pobreza, conflitos armados e graves riscos para a segurança social, a liberdade e a vida", causado pela ocupação israelense desses territórios, que já dura 43 anos.

O comissário acusou Israel de praticar restrições aos palestinos, com políticas de fechamento de fronteiras, impedimento da livre circulação, isolamento, segregação e repressão.

O resultado, segundo ele, é o aumento das condições de probreza, desnutrição, insegurança alimentar dos palestinos que vivem nesses locais, foram as consequências psicológicas observadas principalmente nas crianças."

Escassez de Verbas

No discurso em Dubai, Filippo Grandi também revelou que a UNRWA enfrenta uma escassez de verbas que pode obrigar a agência da ONU a diminuir os serviços que presta a 4,7 milhões de refugiados palestinos. A agência não conseguiu arrecadar 25% dos US$ 600 milhões orçados para 2010.

O déficit pode ameaçar a manutenção de uma das maiores redes de assitência de saúde do mundo, que conta com 137 clínicas no Oriente Médio e cerca de 3.000 profissionais.

Fonte: Rádio das Nações Unidas