BH vai ser parceira na assistência aos haitianos

Este é o resultado do encontro havido nesta manhã (12) entre o secretário, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG); a diretora do Colégio Metodista Izabela Hendrix, Lúcia Leiga de Oliveira; a assessora de Relações Internacionais da instituição, Ana Clara Santos, e o coordenador da Pastoral Universitária, Lino Estevão Magalhães. Na pauta, o futuro dos 22 estudantes haitianos que estudam no Izabela Hendrix, através da Parceria com a Organização Não-Governamental (ONG) Visão Global

- Graça Gomes

O secretário de Relações Internacional da Prefeitura de Belo Horizonte, Rodrigo Perpétuo, não só garantiu a perspectiva de inserção dos estudantes haitianos nos programas de estágio do município – abrindo-lhes a possibilidade de desenvolvimento de lideranças –, quanto de incorporá-los em convênios de cooperação descentralizada com consulados de países irmãos, entre os quais França e Senegal, e na rede de parceiros da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Este é o resultado do encontro havido nesta manhã (12) entre o secretário, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG); a diretora do Colégio Metodista Izabela Hendrix, Lúcia Leiga de Oliveira; a assessora de Relações Internacionais da instituição, Ana Clara Santos, e o coordenador da Pastoral Universitária, Lino Estevão Magalhães. Na pauta, o futuro dos 22 estudantes haitianos que estudam no Izabela Hendrix, através da Parceria com a Organização Não-Governamental (ONG) Visão Global, dentro do Programa de Capacitação de Jovens de Países em Reconstrução.
Os estudantes precisam de moradia; transporte e estágios que os capacitem ao enfrentamento de tarefas de liderança em seu país, assim que terminem seus estudos. Eles hoje fazem cursos nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Biomedicina, Administração de Empresas além de Fisioterapia e Nutrição.
Em razão da crise vivida pelo Haiti, em decorrência do terremoto que arrasou todo o país, a deputada Jô Moraes reivindicou uma certa institucionalização da assistência aos haitianos hoje acolhidos em casas de particulares, dentro do Programa de Moradia Solidária, ou mesmo numa unidade do Centro Universitário Izabela Hendrix, em Sabará. Um contingente faz estágio no próprio Izabela Hendrix pelo qual recebe uma bolsa que, descontado o seguro saúde, é insuficiente para deslocamentos, moradia, enfim para se manter, segundo a diretora Lúcia Oliveira.

Parceria

“É muito importante saber que a Prefeitura está disposta a implementar políticas de parcerias, de realmente dar respaldo a iniciativas como estas”, avaliou. Durante a audiência, o secretário anunciou a criação, pela PBH de um Programa de Voluntariado Internacional absorvendo parceiros que queiram atuar na promoção social. “E este Programa voltado aos Países em Reconstrução pode ser um marco para novas parcerias, incorporando esses alunos no trabalho da PBH, qualificando novas lideranças em gestão pública e empreendedorismo”, afirmou o secretário Rodrigo Perpétuo. Hoje o programa de estágios oferecidos pelo município, oferece um salário mínimo por 4 horas de trabalho diário, mais vale-transporte.
Embora não tenha um local para a hospedagem dos haitianos, o secretário considera que a questão possa ser resolvida envolvendo uma rede de cooperação triangular, portanto, descentralizada, desenvolvida com consulados ou câmaras de comércio.

FNP

Jô Moraes comemorou o fato, antecipado por Rodrigo Perpétuo, de a Frente Nacional de Prefeitos, não só estar criando uma Assessoria Internacional com o propósito de viabilizar uma ajuda ao Haiti, como já está na pauta da entidade um encontro para o qual está convidado o Itamaraty. A iniciativa é voltada a apurar o que cada cidade pode e/ou está fazendo nesta direção. A FNP é hoje presidida pelo prefeito de Vitória (ES), João Coser.
A deputada também reivindicou agilidade para a oficialização do convênio de cooperação e de solidariedade internacional que ora está sendo incorporado pela Prefeitura de Belo Horizonte, na ajuda aos haitianos.
A professora Lúcia Oliveira considerou “fantástica a possibilidade de os haitianos fazerem estágio na PBH, saindo dos muros da universidade para experiências de gestão pública de fato”, afirmou.