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Semana em Brasília: Dilma lança blog e reúne comando político

O feriado de 21 de abril, na quarta-feira, esvazia as atividades políticas em Brasília, que comemora o seu cinquentenário na data. A pré-candidata do PT a Presidência, Dilma Roussef, lançou seu blog (Dilma), na tarde desta segunda-feira (19) e, à noite, se reúne com os partidos aliados – PT, PMDB, PCdoB, PDT e PR – para discutir a organização das campanhas nos Estados. Os presidentes e líderes das bancadas dos cinco partidos participam de jantar na casa do deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A semana começou com a posse do novo governador da Capital Federal, o peemedebista Rogério Rosso, que comandará a festa. A festa organizada pelo governo do Distrito Federal na Esplanada dos Ministérios para comemorar o aniversário da cidade terá uma "Parada Disney", com Mickey, Pato Donald e Pateta, além de shows de Milton Nascimento e Daniela Mercury, bem como de artistas locais. Paralelamente, haverá manifestações ede protesto contra a onda de corrupção que assolou a capital.

Após o feriado, haverá a troca de comando nos tribunais superiores. Na quinta-feira (22), toma posse o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski e, na sexta (23), assume o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso.

O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) fez um apelo aos parlamentares para tentar votar as Medidas Provisórias que trancam a pauta de votação da Casa, entre elas a do reajuste das aposentadorias, mas a expectativa é de que as votações fiquem para a próxima semana.

No Senado, a situação é a mesma. A pauta de votações está trancada por duas medidas provisórias e pelo projeto de criação da Pré-Sal, que devem ser analisados somente na semana que vem.

Queda de braço

Temer já anunciou que levará à votação apenas as medidas provisórias até que a pauta seja liberada. Todas as sete MPs perdem a validade em junho, pouco antes do recesso parlamentar do meio do ano.

A MP do reajuste das aposentadorias deve ser a primeira a ser votada. Na semana passada, foi anunciado acordo dos líderes da Base Aliada da Câmara e do Senado e das entidades representativas dos aposentados para aprovar nas duas Casas o índice de reajuste de 7,7%, que equivale a um ganho real de 80% da variação do PIB (Produto Interno Bruto) de 2008, retroativo a janeiro.

“O acordo isolou a oposição, que manobrava para desgastar a maioria defendendo um reajuste ainda mais elevado, mas inviável. O governo também ficou de fora, insistindo em só aprovar um índice de até 7%. Restou, assim, uma queda de braço a resolver entre o Governo e sua própria base parlamentar”, avalia o economista Lécio Morais, da Liderança do PCdoB na Câmara.

Técnicos do governo avaliam que, com o reajuste de 7,7%, o impacto extra na Previdência será de algo em torno de R$2 bilhões anuais. Mas parlamentares da própria base governista acreditam em avanços. “Temos de articular junto à Câmara para que se chegue a um número que o Senado possa aprovar. Os senadores vão fechar com a proposta da Câmara”, garantiu o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para quem 7% significa um avanço, mas seria possível se chegar aos 80% do PIB (7,7%).

Da sucursal de Brasília
Márcia Xavier