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General oposicionista tailandês é baleado em manifestação

Um novo conflito nas ruas de Bangkok, capital da Tailândia, entre o exército do país e os "Camisas Vermelhas", resultou na morte de uma pessoa e ferimentos em dezenas de outras. Países ocidentais fecharam suas embaixadas em represália ao conflito.

O conselheiro militar dos "Camisas Vermelhas" está gravemente ferido, depois de ter sido baleado na cabeça. Khattiya Sawasdipol, conhecido como "comandante vermelho", foi considerado pelo poder como um "terrorista" e acusado da violência nas manifestações, depois de se ter aliado aos opositores.

O governo negou qualquer envolvimento no caso, ainda que tenha ameaçado disparar contra "terroristas".

Hoje, o primeiro-ministro decidiu cancelar as eleições antecipadas de novembro e o exército cercou com veículos blindados o lugar onde estão acampados milhares de camisas vermelhas. Os líderes do movimento avisaram que enfrentariam os blindados com as mãos.

Manifestantes querem cadeia para premiê

Os manifestantes que se opõem ao governo da Tailândia disseram na última segunda-feira que continuarão seus protestos no centro da capital do país, Bangkok, até que o primeiro-ministro e seu vice sejam processados pela violência policial letal contra os protestos de rua.

Embora Nattawut Saikua, o líder dos chamados "Camisas Vermelhas", disse que tinham aceitado a proposta do premiê Abhisit Vejjajiva de antecipar as eleiçõs para 14 de novembro, os conflitos desta quinta-feira detonaram as esperanças do governo de conseguir o fim rápido das manifestações, que já ocorrem a dois meses.

Nattawut responsabilizou o vice-primeiro ministro Suthep Thaugsuban pela violência ocorrida nos protestos, que deixou mais de 30 mortos e centenas de feridos. Nattawut teve um papel chave na resposta de segurança do governo aos protestos.

"O dia que Suthep se entregar à polícia ser o dia que os Camisas Vermelhas irão para casa", disse Nattawut a uma imensa multidão de manifestantes.

Outro líder dos protestos, Jatuporn Prompan, disse que o premiê Abhisit Vejjajiva deveria ser também processado.

Jatuporn fez a afirmação logo em seguida a Abhisit ter pedido, no fim de semana passado, o fim dos protestos de rua, que paralisaram partes da capital e que aceitasse seu plano de reconciliação e antecipasse as eleições.

Nattawut iniciou anúncio dizendo que os manifestantes aceitavam "incondicionalmente" a oferta de Abhisit de dissolver o parlamento no final de setembro.

Não obstante, em seguida enumerou uma série de demandas, incluindo que Suthep seja processado por um choque fatal entre soldados e manifestantes, ocorrido em 10 de abril.

O líder antigovernamental exigiu também que o canal de televisão dos Camisas Vermelhas retorne ao ar.

O governo fechou a conexão de satélite do canal e dezenas de portais na Internet, argumentando que incitavam ao ódio no país.

Da redação, com agências