Jô ataca nhenhenhém da oposição sobre metrô

"Venho aqui denunciar esse nenhenhém que a minha cidade, meu Estado, nosso Brasil conhecem bem e agora tentam reeditar. Se não é para contribuir, para apresentar alternativas e soluções, que deixem quem quer trabalhar cumprir sua tarefa. Em Belo Horizonte e região metropolitana estamos precisando muito do metrô. De transporte realmente ágil e eficiente”.

Jô Moraes

Este é um trecho do discurso proferido pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG), na tribuna da Câmara, ao reagir às críticas de “representantes e aliados de governos que há muito deveriam ter concluído o ainda tão incipiente metrô de Belo Horizonte, que se arvoram hoje a criticar, a apontar o dedo para o projeto inacabado. A justificar assim a opção preferencial por ônibus, carros, motos e o sofrimento que engarrafamentos monstros provocam nos motoristas e moradores”.

Trata-se de uma resposta às críticas deflagradas por autoridades durante as solenidades do Primeiro de Maio, na Praça da Cemig, e reiteradas sistematicamente nos últimos dias.

“Aproveitaram até mesmo a Festa do Trabalhador para tentar esconder a letargia, a omissão de décadas”, denunciou. Segundo Jô Moraes, “há boa vontade de parte da bancada mineira em destinar recursos para o metrô, assim como há boa vontade e decisão firme do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o metrô de BH saia, enfim, do papel”.

Mobilidade

Jô Moraes registrou que na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) estão previstos recursos para projetos de mobilidade urbana, cujo propósito é o de implementar sistemas de transporte público coletivo nos centros urbanos. Investimentos, alertou, que serão feitos em metrô, veículos leves sobre trilhos (VLTs), em corredores de ônibus e até em estudos de viabilidade de linhas de trem-bala. Estas, abrangem linhas de trem de alta velocidade ligando Campinas-BH e Campinas-Triângulo Mineiro, dentro da previsão de investimentos da ordem de R$ 46 bilhões para a malha ferroviária. Já para mobilidade urbana, onde se inclue o metrô, estão previstos R$ 18 bilhões, em financiamentos pelo prazo de 2011 a 2014.

Jô destacou ainda a instalação, na semana passada, da Frente Parlamentar em prol da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Decidimos mobilizar todos os parlamentares e prefeitos para focar, sobretudo, a mobilidade urbana e os desequilíbrios orçamentários e sociais dos municípios da Grande BH. Neste contexto, a prioridade a ser trabalhada é a continuidade das obras do metrô.

E completou: “como representante da bancada mineira continuarei a cobrar, fiscalizar, propor emendas e também a repudiar qualquer tentativa de enganação. Não precisamos disso!”