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Marina diz que Serra e Dilma fazem campanha antecipada, ela não

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (24) que a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra fazem propaganda antecipada. "Estou me referindo aos dois", respondeu ao ser questionada em entrevista à rádio "CBN" se falava de Serra ou Dilma ao dizer que há pré-candidatos não cumprindo a legislação eleitoral.

Ela disse que foi involuntária a propaganda em seu nome feita no dia 11 de maio em evento na Assembleia do Rio Grande do Norte. Por causa de uma faixa colocada no prédio da Assembleia, o Ministério Público Eleitoral apresentou uma representação contra ela. A faixa tinha uma foto da pré-candidata e a frase "Marina é a cara do Brasil".

De acordo com a pré-candidata, a propaganda foi feita por militantes do PV sem o seu conhecimento. "Estou aguardando para saber mesmo se involuntariamente nós estamos extrapolando."

Mas a pré-candidata não comentou nada sobre os últimos programas do PV em rede de rádio e TV que dedicaram quase 100% dos 10 minutos veiculados para enaltecê-la, numa clara manifestação de propaganda eleitoral nos mesmos moldes que os partidos de Dilma e Serra fizeram.

Marina Silva foi a terceira entrevistada na série organizada pelo Jornal da CBN com os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas. José Serra e Dilma Rousseff foram os primeiros a participar. As entrevistas foram conduzidas pelo âncora Heródoto Barbeiro. Dilma destacou a necessidade de repensar os recursos destinados para a saúde, enquanto Serra defendeu um “estado musculoso” e criticou as reuniões do Mercosul.

Na entrevista, Marina também negou que tenha motivo político a exclusão de seu nome em faixas no lançamento da pré-candidatura do deputado Fernando Gabeira ao governo do Rio, que aconteceu ontem no Rio de Janeiro. "Foi uma orientação de quem está entendendo a legislação e não quer extrapolar." Mesmo com o PSDB de Serra apoiando a aliança de Gabeira, não houve censura ao seu nome no ato.

Ela ainda rebateu as críticas de aparelhamento do Ministério do Meio Ambiente durante a sua gestão. Segundo a ex-ministra, as indicações seguiram critérios éticos e técnicos.

Marina admitiu que hoje votaria a favor da lei de responsabilidade fiscal e do Plano Real. De acordo com ela, os votos contrários nessas matérias foram orientação do seu partido na época, o PT.

"Eu digo que foi um erro não termos avaliado que havia um ganho com o Plano Real", disse. Ela disse que não vê problema em mudar de posição em matérias como esse tipo. "Quando mudo de opinião, não é por conveniência, mas por convicção."

A senadora disse que, se fosse presidente, vetaria a mudança no fator previdenciário, mas manteria o reajuste de 7,7% para os aposentados –aprovados semana passada pelo Senado.

Ela também defendeu uma reforma previdenciária. "A Previdência vai precisar de uma resposta, um saneamento."

Para ela, é preciso esperar para avaliar se o acordo com o Irã conduzido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve resultado. "Temos que ficar em compasso de espera. Não é bom celebrar antes do tempo", afirmou. Segundo Marina, o governo iraniano já desrespeitou acordos parecidos antes e é um país que não respeita os direitos humanos.

Com agências