PDT-SP indica vice e PT desiste da chapa Mercadante-Suplicy
O PDT de São Paulo avisou ao PT que não aceitará uma chapa puro-sangue na disputa ao governo paulista, com o senador Eduardo Suplicy como vice do senador Aloizio Mercadante. Para manter a aliança, o PT concordou com o pedido e desistiu de ter Suplicy na disputa.
Publicado 27/05/2010 07:46
Nesta quarta-feira, o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do PDT-SP, almoçou com o presidente do PT-SP, Edinho Silva, em Brasília e apresentou o deputado estadual Major Olimpio como candidato.
"Vamos indicar [o vice] e se o PT ou candidato não aceitarem, podem seguir seu caminho e nós seguiremos o nosso", afirmou Paulinho, em nota após o encontro.
Segundo Edinho Silva, o PT quer manter a unidade da aliança de 11 partidos –na maioria de nanicos. "O nome do Suplicy foi um nome aventado, mas nunca imposto", disse o dirigente.
O apoio do PDT significa cerca de 50 segundos de propaganda partidária. O PDT poderia se aliar com o pré-candidato do PSB, Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).
O petista afirmou que foi a primeira vez que o PDT indicou Olimpio, que ainda será analisado.
Mercadante já disse diversas vezes que a chapa puro-sangue seria bem-vinda. De olho nos 8,9 milhões de votos de Suplicy nas eleições de 2006, o PT queria dar maior densidade eleitoral à chapa.
No entanto, havia resistência a Suplicy no próprio PT, inclusive de aliados de Marta Suplicy, pré-candidata ao Senado. Se o PDT não indicasse o vice, o partido ficaria com a vaga de suplente da ex-prefeita.
Com a adesão do PDT, a aliança que apóia a pré-candidatura de Mercadante chega agora a 10 partidos: além do PDT e do PT, completam o grupo o PCdoB, PSDC, PR, PRB, PRP, PSL, PT do B e o PPL. Esta é a maior composição partidária com a qual a oposição aos tucanos disputa o governo estadual pelo menos nos últimos 4 pleitos, o que aumenta a competitividade da chapa e coloca em risco a manutenção do tucanato no Palácio dos Bandeirantes, onde o PSDB está alojado há quase 16 anos.
Fonte: Folha Online