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Banco Central vai promover nova alta dos juros neste semana?

Os economistas ligados ao mercado financeiro acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltará a subir os juros básicos da economia brasileira nesta semana.
Segundo o relatório de mercado, fruto de pesquisa do BC com os analistas, documento divulgado nesta segunda-feira (7), a taxa de juros deve avançar dos atuais 9,5% ao ano para 10,25% ao ano, ou seja, um aumento de 0,75 ponto percentual. A reunião do Copom acontece nesta terça e quarta-feiras (8 e 9).

Caso a expectativa do mercado se confirme, será a segunda elevação consecutiva dos juros básicos da economia neste ano, já que na última reunião do Copom (realizada dias 27 e 28 de abril), a Selic subiu de 8,75% para 9,5% ao ano.

A decisão tem impactos altamente negativos para a economia e, em especial, para as contas públicas. Além de deprimir o consumo e os investimentos, pois induz uma alta geral dos juros e do spread bancário, a elevação da Selic aumenta a dívida pública e os pagamentos conseqüentes dos juros.

Interesses dos credores

Os analistas do mercado financeiro apostam que os juros continuarão avançando no resto deste ano, chegando a 11% ao ano em julho, 11,75% ao ano em setembro e 12% ao ano em janeiro de 2011. Isto de fato tende a ocorrer se não houve uma pressão maior da sociedade pela mudança da política monetária conservadora liderada pelo presidente do BC, Henrique Meirelles.

O mercado financeiro também baixou na semana passada a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deste ano. A estimativa dos analistas passou de 5,67% para 5,64%. Para 2011, a previsão do mercado permaneceu estável em 4,80%. Isto mostra que não há necessidade de novas elevações da taxa básica de juros.

O Brasil já pratica as maiores taxas de juros reais do mundo, uma política que, segundo os críticos, tem como pretexto o controle da inflação mas serve objetivamente a outros interesses, pois promove uma redistribuição da renda nacional a favor dos credores da dívida pública (principalmente banqueiros).

Com agências