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Tucanos quebram isonomia e servidores ocupam reitoria da USP

Os funcionários técnico-administrativos da Universidade de São Paulo (USP) ocuparam a reitoria da universidade na manhã desta terça-feira (8/7). O trabalhadores estão em greve pela campanha salarial desde 5 de maio e o Reitor João Grandino Rodas – indicado pelo governador José Serra, embora fosse o segundo nome da lista tríplice – cortou o ponto de cerca de mil funcionários nesta segunda-feira (7/7). Os funcionários estão em plenária no prédio da reitoria.

Em fevereiro, os professores das universidades estaduais de São Paulo tiveram 6% de reajuste salarial, entretanto, os funcionários técnico-administrativos não receberam o mesmo aumento, quebrando a isonomia salarial entre as categorias. No dia 5 de maio o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) iniciou uma campanha salarial pautando reajuste de 16%, com base em cálculos de inflação e outros índices. Após a campanha salarial, o governo do estado concedeu um novo reajuste de 6,57% em maio, desta vez para professores e técnicos das universidades paulistas.

Quebra da isonomia

Como o primeiro reajuste foi apenas para os professores, a isonomia continuou sendo desrespeitada . Assim, o sindicato desistiu da pauta de 16% e passou a reivindicar ao menos a isonomia com os professores, o que significaria um novo reajuste de 6% apenas para os funcionários técnico-administrativos da USP.

De acordo com a estudante Roberta Costa, do movimento estudantil da USP, o reitor cortou o diálogo com os trabalhadores. Nesta segunda-feira (7/7), quando caiu o pagamento dos servidores da USP, o sindicato foi surpreendido pelo corte de ponto de mais de mil funcionários em greve. Os funcionários vinculados a unidades acadêmicas não tiveram o ponto cortado, visto que em geral as congregações da universidade aprovaram a defesa do direito de greve. O corte atingiu principalmente os funcionários da base da carreira, que normalmente possuem os menores salários. Tratam-se dos servidores ligados diretamente às estruturas da reitoria, prefeitura da universidade e coordenadoria de assistência social (Coseas).

Até a publicação da matéria, a assessoria de imprensa da universidade não comentou a ocupação e os dirigentes do Sintusp permaneciam em plenária para definir as próximas ações.

De São Paulo, Luana Bonone

Matéria atualizada às 14h51 para correção de informação: o texto anterior informava que o Reitor João Grandino Rodas teria sido o terceiro nome da lista tríplice após a eleição para a reitoria na USP, quando na verdade ele foi o segundo colocado, conforme informa o novo texto.