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Petistas maranhenses protestam contra intervenção nacional

Militantes petistas que defendem a pré-candidatura de Flávio Dino ao governo do Maranhão organizam na tarde dessa sexta-feira (18) uma caminhada pelas ruas do centro de São Luís. Após a caminhada, será realizada uma plenária popular. Segundo os militantes, o objetivo é manifestar apoio a Flávio Dino e solidariedade a Manoel da Conceição, Domingos Dutra e Terezinha Fernandes, que estão em greve de fome em protesto contra a intervenção nacional no PT maranhense.

Na última sexta-feira, 11, o Diretório Nacional invalidou o Encontro Estadual realizado no estado e decidiu o apoio à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). A caminhada desta sexta-feira foi descrita pelos petistas também como uma iniciativa de reafirmação da democracia interna da legenda e das decisões tomadas em âmbito estadual.

Integrantes da coordenação do Diretório Estadual estão em Brasília para negociar com a cúpula da legenda uma solução para o impasse. Os petistas maranhenses afirmam que até o momento não foi feita nenhuma proposta considerada aceitável.

Em greve de fome há três dias, a ex-deputada federal Terezinha Fernandes (PT) concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (17) para explicar à imprensa as razões do protesto. “O PT rasgou o seu estatuto ao tomar essa atitude com o Maranhão”, afirmou.

Democracia

À imprensa Terezinha Fernandes defendeu ainda a alternância de poder no Executivo do estado. “Mesmo que a população do nosso estado tivesse um nível de vida considerado bom, a alternância de poder é necessária para a democracia. Então, porque nós teremos que sucumbir nas mãos daqueles que foram os nossos algozes e que são os responsáveis pelo atraso e pela injustiça?” questionou.

A ex-deputada lembrou ainda que a vitória de Dilma Rousseff no Maranhão é garantida mesmo sem a aliança com o PMDB. Para Terezinha, a intervenção nacional no estado é também um golpe contra os militantes do partido. “A coisa mais cara e bonita que um partido tem hoje é a sua militância. É o seu exército, e esse foi um golpe no exército do PT. Como será possível ganhar as batalhas futuras, sem exército? Não há como justificar uma tática errada como essa”, disse.

Greve de fome

Apesar dos insistentes apelos, nenhum dos três manifestantes admite a possibilidade de encerrar a greve. No final da tarde desta quarta-feira (16), o líder camponês e fundador do PT, Manoel da Conceição, suspendeu a greve após passar mal. Horas mais tarde ele retomou o protesto alegando que não houve avanço nas negociações com o Diretório Nacional do PT.

Com informações da sucursal do Maranhão