TSE manda suspender propaganda do PSDB que enaltece Serra

As 10 primeiras inserções de 30 segundos foram exibidas na terça-feira e voltarão ao ar nos dias 22, 26 e 29, totalizando outras 30 inserções em rede nacional de rádio e televisão. Pela decisão do TSE, o PSDB pode substituir as peças.

Na quarta-feira, o PT entrou com uma representação contra o PSDB com o argumento de que os tucanos usaram o programa partidário para fazer propaganda eleitoral antecipada. A peça de propaganda tucana ocupa todos os 10 minutos de veiculação para enaltecer as "realizações" de José Serra, especialmente quando foi ministro da Saúde.

Com o eleitorado mais ligado em Copa do Mundo do que no processo eleitoral, a peça propagandística do PSDB, apesar de bem realizada tecnicamente, não deve causar o impacto que os estrategistas tucanos queriam. Os caciques do PSDB disseram no mês passado que "junho seria o mês de Serra", pois os três partidos que apoiam o tucano (DEM, PPS e PSDB) exibiriam programas partidários valorizando a figura de Serra na televisão. Mas, a julgar pelo resultado das últimas pesquisas, parece que a estratégia não vingou.

Mesmo assim, os programas dos três partidos estão sendo alvo de contestação na justiça eleitoral. 

A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, ao representar contra o candidato do PSDB por propaganda eleitoral antecipada nas inserções partidárias desta terça-feira (15), pediu a pena máxima: multa de R$ 25 mil.

Na denúncia, a procuradora afirma que a propaganda "claramente, traz em seu bojo mensagens de conteúdo eleitoral". "A experiência garante o avanço" foi a tônica escolhida pelos tucanos para suas inserções na TV nesta terça. Ao longo das peças publicitárias do PSDB, o candidato tucano falou diante de uma câmera estática, sobre o que acredita ser o ideal quando se está à frente de gestões administrativas.

Os tucanos acreditam que a diferença de biografias será o diferencial entre Serra e sua adversária petista, Dilma Rousseff. Desde o início da campanha, o PSDB tenta evidenciar na petista a "falta de experiência" em cargos executivos –mesmo ela tendo ocupado dois ministérios estratégicos como a Casa Civil e Minas e Energia.

Na avaliação da procuradora, a propaganda leva a concluir que "seria José Serra – e não outro – o nome com experiência e vontade para assumir a direção do país pelos próximos 4 anos". Esta é a quarta vez, só nesta semana, que Serra é alvo de representações por propaganda antecipada. Segundo a legislação eleitoral, os candidatos só podem fazer propaganda após o dia 5 de julho.

Da redação,
com agências