UJS: Uma organização amadora de ações profissionais
Mas do que a experiência de ter sido por quatro anos presidente, quero registrar o fato de ter militado por bastante tempo na UJS. Tenho 30 anos e tinha 15 quando me filiei. Portanto, metade de minha vida foi vivida nessa organização, e quase tudo que eu sei, foi nela que aprendi.
Por Marcelo Gavião*
Publicado 29/06/2010 16:33
Fico pensando o quanto será bom quando todo o conjunto da juventude em nosso país tiver a oportunidade que eu tive, de ter uma escola tão boa. Uma escola que forma e que ensina a valorizar o que o ser humano tem de mais valioso, a capacidade de se sensibilizar com as desigualdades do mundo e de dedicar toda sua vida a luta pela transformação que chamamos revolução. Na UJS, passamos a ter contato com valores nobres no homem, os quais a sociedade capitalista brasileira insiste em negar à imensa parcela de nossa juventude.
Na militância juvenil, ao longo desses 15 anos, ri e chorei, me apaixonei muitas vezes, amei algumas, namorei várias, num dia eu passava fome e no outro eu comia uma suculenta feijoada. Tive dias de grande felicidade e também de muitas decepções. Nesse tempo aprendi que tudo isso além de ser normal, é bom e necessário. Sempre ia dormir pensando se foi suficiente o que eu tinha feito até aquele momento, e acordava decidido a fazer ao longo dia, mais e melhor do que o dia anterior.
Tive a oportunidade de lutar ao lado de grandes combatentes, fiz muitos amigos. Fui aos poucos ampliando minhas responsabilidades. Fui de recém filiado a presidente nacional da UJS e membro do Comitê Central do PCdoB. Se por um lado essa trajetória sempre me encheu de responsabilidades, por outro, me enche de orgulho, em especial pelo fato de com a ajuda de vários companheiros, ter dado conta das várias obrigações que tive ao longo dessa trajetória.
Daqui para frente quero aproveitar bem tudo que aprendi e continuar a aprender muito mais. Enxergando que a minha opção é pra toda a vida. Vou continuar ajudando meu partido a difundir as idéias socialistas.
Se eu fosse um jogador de futebol diria que a UJS foi uma excelente categoria de base (uma escola como gostamos de falar), estaria com 17 ou 18 anos, pronto para ajudar de forma mais incisiva e abnegada.
O ato e a forma de militar na UJS me lembra um trecho do Charles Chaplin, “Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria.”
Para os que ficam na UJS, sigam com a certeza de estarem absolutamente certos no rumo e na trajetória que a entidade vem percorrendo nos últimos anos. Nenhuma outra organização juvenil soube ler, interpretar e tirar proveito com tanta correção das mudanças que o nosso país viveu desde 2002. Nenhuma! Esperemos uma UJS ainda mais protagonista nas próximas batalhas – principalmente na batalha eleitoral de outubro próximo, que com a força da juventude confirmará Dilma presidenta do Brasil.
Nunca percam a ousadia e a determinação que são características da juventude. Nunca deixem a capacidade de renovar as esperanças e se apaixonar por essa causa nobre a cada dia. E assim, conservem nossa UJS como “Uma organização amadora de ações profissionais”.
O Brasil, precisa de vocês!
*Marcelo Gavião foi filiado à UJS por 15 anos e presidiu a organização entre 2006 e 2010.