Co-produção lusófona retrata a condição feminina

No próximo domingo (18), às 20h, o Teatro Municipal João Paulo II recebe a estreia do espetáculo “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos. A montagem é resultado de uma co-produção lusófona entre o Teatro Extremo (Portugal) e o Grupo Harém (Brasil) que começou a ser viabilizada ainda em 2009.

Espetáculo - Assaí Campelo
A peça tem encenação do diretor português Fernando Jorge Lopes e, no elenco, os atores piauienses Francisco Pellé e Bid Lima. Fernando Jorge já esteva à frente de outro projeto lusófono em 2000, quando dirigiu o espetáculo “Dois Perdidos Numa Noite Suja”. “Na equipe contamos também com o iluminador vindo de Portugal, Celestino Verdades”, conta Pellé.

“Quando as Máquinas Param”, que se centra em um casal suburbano que enfrenta problemas financeiros, de caráter e relacionamento, é o único texto de Plínio Marcos que não retrata personagens do submundo. “Nesta leitura dramática que fizemos, procuramos dar relevo às margens da sociedade e destacar o que de universal existe nesta obra do Plínio: a condição feminina.

A co-produção, desejo alimentado pelos dois grupos, tornou-se viável depois de ser contemplada pelo prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. Fernando Jorge já está em Teresina há mais de 30 dias coordenando o intenso processo de ensaios.

Com cenografia de Gualberto Júnior e sonoplastia de José Dantas, o espetáculo, depois da estreia, estará no Theatro 4 de setembro nos dias 27 e 28. Em setembro, será uma das atrações do Festival de Teatro Mindelact, que acontece em Cabo Verde e receberá grupos de Angola, Espanha, Itália, França, Finlândia e Portugal.