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Em San Juan, Mercosul tentará a paz entre Colômbia e Venezuela

O estremecimento das relações entre a Colômbia e a Venezuela deve dominar a reunião de presidentes dos países que integram o Mercosul ou que são partes do bloco econômico da América do Sul. O encontro – que acontece em San Juan (Argentina), entre segunda e terça-feira (2 e 3) – é visto como oportunidade para arrefecer os ânimos entre os dois países.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem acompanhado o tema, deve desembarcar em San Juan na noite desta segunda-feira (2). Lula será recebido pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e pelo ex-presidente Néstor Kirchner, que atualmente comanda a Unasul (fórum que tentou selar a paz entre os vizinhos).

Toda mobilização no campo político se dá porque o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deve participar da reunião de cúpula do Mercosul. Será uma oportunidade de os chefes de Estado tomarem conhecimento dos argumentos de Chávez sobre o conflito. Independentemente da continuação do processo de discussão, o governo brasileiro vai trabalhar para reconstruir a relação diplomática entre os dois países.

Em entrevista coletiva concedida com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, após visita às obras de terraplanagem da subestação de Villa Hayes da linha de transmissão de Itaipu, no Paraguai, Lula afirmou que teve uma relação “extraordinária” com o presidente Álvaro Uribe nos últimos oito anos. Agregou que espera ter também com o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

“Meu único interesse é que Venezuela e Colômbia entendam a importância que um país tem para o outro, o tamanho da fronteira que os dois países têm, o que representa o fluxo de comércio na balança comercial entre os dois países”, declarou Lula. Ele se reunirá com Chávez na próxima sexta-feira (8) e com Uribe no dia seguinte (7), bem como com Manuel Santos.

Itaipu

Lula também comentou as críticas de certos setores da oposição no Brasil ao financiamento brasileiro das obras da linha de transmissão no Paraguai e ao aumento do pagamento pelo Brasil ao Paraguai pela cessão da energia que vem de Itaipu. “Qualquer brasileiro de juízo perfeito, que não tenha má-fé, que pense na América do Sul, precisa saber que o grande ganhador, do ponto de vista do desenvolvimento econômico com Itaipu, até agora, foi o Brasil”, declarou.

“O que nós estamos fazendo, neste momento, é dando ao Paraguai a oportunidade de ele poder se desenvolver e utilizar os 5 mil megawatts ou 6 mil megawatts a que ele tem direito, utilizando essa energia, trazendo para cá indústrias, trazendo para cá mais agricultura, trazendo para cá mais desenvolvimento”, finalizou Lula.

Da Redação, com informações do Blog do Planalto