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Evo Morales: América do Sul continua sendo a esperança do mundo

Presidente da Bolívia, Evo Morales, disse, nesta terça-feira, que a América do Sul continua sendo a esperança de um mundo afetado pela crise econômica, e pediu a seus colegas, reunidos na 39ª cúpula presidencial do Mercosul, que trabalhem para superar os problemas e seguir avançando na integração.

Na reunião, que se realiza na província de San Juan, na Argentina, o presidente disse que a crise econômica que eclodiu nos Estados Unidos em 2009 e a atual que a Europa vive, não tem podido afetar a região graças à integração de povos.

"Eu sinto que algo está acontecendo no mundo, na América do Sul estamos em um ambiente de grande integração, temos a obrigação de superar os problemas para seguir em frente e cuidar dos povos do mundo. A América do Sul continua a ser a esperança para o mundo inteiro", disse Morales.

Acrescentou que se deve planejar a médio e longo prazo para atingir os objetivos, mas que isso dependerá das políticas com vistas ao futuro. "Essa é a nova responsabilidade que temos", insistiu.

Fazendo uma referência velada ao conflito entre Venezuela e Colômbia, fustigado pelos Estados Unidos, ele também instou a manter o respeito e a confiança entre as nações da região, independentemente das tendências políticas e ideologias dos governos, e pediu que se evite "que interesses externos nos enfrentem".

"Deve haver respeito e confiança. Somos obrigados a nos respeitar, pois esse respeito mútuo nos ajudará, acima de outros interesses externos que queiram nos enfrentar, disse ele.

A presidente da Argentina, Cristina Fernandez, abriu, nesta terça-feira (03), A Cúpula de Chefes de Estado do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Associados, que irá debater questões de interesse regional, avaliar os resultados do último período e passará a presidência pro tempore para o Brasil.

Durante seu discurso, a presidente disse que a reunião irá avaliar novos mecanismos para reforçar a integração e convocou seus colegas a "redobrarem os esforços da democracia e de nossos governos para superar os níveis de pobreza na região".

Estarão presentes os líderes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; do Paraguai, Fernando Lugo; do Uruguai, José Mujica; do Chile, Sebastián Piñera; da Bolívia, Evo Morales; e, em nome do presidente da Venezuela, o chanceler Nicolás Maduro.

O Mercosul (bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai com a Venezuela em processo de adesão) alcançou no primeiro semestre do ano um "avanço substancial" ao aprovar pontos chaves do código alfandegário do bloco após seis anos de negociações, destacou o chanceler argentino, Héctor Timerman.

Ele destacou a assinatura de um acordo comercial com o Egito e o reatamento das negociações com a União Europeia (UE), entre outros resultados da gestão da Argentina na Presidência temporária do Mercosul.

Timerman citou ainda a aprovação de nove projetos de obras de infraestrutura e integração no valor de US$ 794 milhões que serão financiados pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) e a cessão de benefícios comerciais ao Haiti.