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Lula diz aos ministros que vai pessoalmente monitorar ações

O presidente Lula pretende monitorar pessoalmente as ações do seu governo nos últimos meses de mandato. "O presidente quer se dedicar pessoalmente ao monitoramento", disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao final da reunião ministerial na manhã desta terça-feira (10), acrescentando que além de visitar obras e fazer inaugurações, Lula também fará reuniões ao longo da semana para discutir com ministros e técnicos o andamento dos trabalhos.

Reunião ministerial - Assessoria/PR

Entre as prioridades do Presidente estão as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros programas como o PAC da Educação, os de incentivo na área de ciência e tecnologia; a política social e o plano de investimentos da Petrobras, incluindo os investimentos iniciais na produção do pré-sal. Padilha disse que Lula está satisfeito com as obras do PAC, que andaram mais rápidas no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período do ano passado.

O presidente Lula chegou bem-humorado para a reunião que contou com a presença dos 37 ministros e assessores da Presidência. Com o ambiente pronto, Lula autorizou o repórter-fotográfico da Presidência, Ricardo Stuckart, a liberar o local para a entrada dos fotógrafos e cinegrafistas que registraram o início da reunião. Em tom de brincadeira, o presidente testou o sistema de som do salão indagando aos ministros se todos estavam ouvindo. Na ponta de mesa, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolim, foi surpreendido: “Tá ouvindo bem aí, pescador?” o que provocou risos.

Lula fez a abertura do encontro e em seguida os ministros fizeram um resumo de suas respectivas pastas. Como já havia anunciado, o Presidente pediu prioridade para a agenda de governo nesses cinco meses finais de mandato e a agilização de obras previstas para serem inauguradas neste ano.

Obras e regulações

De acordo com Padilha, além de obras, o Presidente pediu empenho dos ministros nas questões regulatórias que podem ser definidas em medidas internas ou projetos de lei enviados ao Congresso até o final deste ano. Lula deu um prazo até setembro para que novas normas para o processo de licenciamento ambiental estejam definidas. O
conjunto de novos instrumentos está sendo elaborado pela Casa Civil, juntamente com o ministério do Meio Ambiente.

O ministro contou que o presidente Lula deu ênfase ao marco regulatório do setor mineral. Segundo ele, o presidente quer que o debate esteja concluído ainda em seu governo e que a proposta final seja levada ao Congresso até dezembro. A mesma indicação foi dada pelo presidente em relação à regulamentação do setor de comunicação e radiodifusão. "A mensagem geral é de que os ministros tenham o foco central nas ações de governo", explicou Padilha.

O Presidente Lula também estabeleceu o prazo de 90 dias para que se encerre a regulamentação das leis aprovadas pelo governo em relação a resíduos sólidos. "Há 21 anos este tema está sendo discutido e foi aprovado pelo Congresso na semana passada. Agora, o presidente estabeleceu o prazo para encerrar a regulamentação", disse Padilha.

Sem acomodação

Padilha negou que a reunião ou os recados para os ministros tenham sido gerados pela percepção de corpo mole feito por algum ministro recentemente. "Ao contrário, o presidente avaliou como produtivas as ações recentes do governo", disse ele, acrescentando que Lula enfatizou que todos devem trabalhar até à meia noite do dia 31 de dezembro ou até que o presidente passe a faixa.

A decisão pela reunião, segundo Padilha, teria sido inspirada na informação dada a Lula por outros presidentes que tiveram dificuldade de atuação no fim de seus mandatos. "O presidente não quer que ninguém se acomode", disse.

Esta foi a segunda reunião com a equipe que assumiu após a saída de dez ministros para concorrer às eleições. A primeira ocorreu no dia 5 de abril. Até o final de seu governo, o presidente Lula deve promover mais uma reunião ministerial, que será um encontro de despedida. Esse último encontro deve ocorrer após as eleições, entre novembro e dezembro.

De Brasília
Com agências