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Servidores do Judiciário de SP encerram greve de "cabeça erguida"

Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) começaram a retomar suas atividades nesta quinta-feira (2), depois de 127 parados. Segundo a assessoria do tribunal, os funcionários do interior só voltarão ao trabalho amanhã (3).

Em nota, o presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Assetj), José Gozze, comemorou o êxito da greve. Segundo Gozze, embora o reajuste negociado fique bem abaixo dos 20,16% que a categoria reivindicava inicialmente, os servidores encerram a “maior paralisação da história do Judiciário paulista” de “cabeça erguida” e com o “sentimento de dever cumprido”.

A paralisação, de mais de quatro meses, chegou ao fim depois de se fechar acordo em que o Judiciário paulista se compromete a pagar aos servidores reposição salarial de 4,77% a partir de janeiro de 2011. Assinaram o documento representantes do TJ-SP, do Ministério Público e das associações de entidades trabalhistas da categoria.

As negociações salariais continuarão ocorrendo. De acordo o tribunal, nenhum setor chegou a paralisar as atividades integralmente — e o índice de reajuste pode vir a ser maior caso haja aporte de recursos ainda neste ano. O acordo também prevê que os servidores compensarão as horas paradas e não receberão sanções administrativas em consequência da greve.

Também em nota, a seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) avaliou que a greve acabou por expor as “mazelas da Justiça paulista, especialmente quanto às carências orçamentárias que levam à falta de estrutura física e de informatização, além de impasses com o quadro funcional”.

Da Redação, com informações da Agência Brasil