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PT e PV desconhecem "militantes" citados pelo Jornal Nacional

Tanto o Partido dos Trabalhadores quanto o Partido Verde reagiram à informação divulgada pelo Jornal Nacional nesta sexta-feira (3) de que os dois suspeitos de participar do episódio de consulta irregular ao Imposto de Renda da filha de José Serra seriam filiados ao PV e ao PT. Mostrando má-fé ou desconhecimento sobre como funcionam as estruturas partidárias, o telejornal da Globo dedicou boa parte de seu noticiário para sustentar a tese de vínculo dos suspeitos com as legendas partidárias.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou nesta sexta-feira que o partido ainda não reconhece a filiação do falso procurador de Verônica Serra, Antonio Carlos Atella Ferreira e que acha "estranha essa história".

Dutra disse ainda que, se ligação de Atella com o partido for confirmada, não "muda nada" no caso da violação do sigilo da filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, porque o falso procurador não é conhecido nem tem participação no PT.

Segundo informação passada ao Jornal Nacional pelo TRE paulista, Atella teria sido filiado ao PT entre 2003 e 2009.

O presidente do PT disse que o banco de dados do partido, que tem como base informações do TRE, não encontrou Atella entre os filiados. Dutra afirmou que ele pode ter sido filiado em algum mutirão feito para conseguir militantes– medida conhecida como filiação cartorial.

PV

O presidente do PV de São Paulo, Maurício Brusadin, divulgou nota informando que Ademir Estevan Cabral nunca participou “de qualquer reunião ou atividade partidária, tratando-se, portanto de uma pessoa desconhecida” dos dirigentes. Segundo Brusadin, Cabral é filiado ao partido desde 2007 e filiou-se no município de Francisco Morato por "simpatizar" com a causa ambiental. Mas nunca teve vínculos com o partido

O PV decidiu abrir sindicância interna para apurar a suposta conexão de Cabral com o esquema de violações de sigilos fiscais na Receita Federal. Ademir Cabral é colega do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, que fez, no escritório da Receita de Santo André, a solicitação de acesso ao sigilo fiscal de Verônica Serra. A “encomenda”, segundo Atella Ferreira, foi feita por Ademir Cabral, que negou o fato.

A candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, classificou a denúncia do Jornal Nacional de "lamentável".

A candidata reforçou que a pessoa apontada "nunca teve nenhuma participação partidária".

Da redação,
com agência