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ONU quer retomada das negociações sobre desarmamento

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, cobrou nesta sexta-feira (24) que os representantes dos 192 países que integram a instituição intensifiquem os esforços para livrar o mundo das armas de destruição em massa.

O apelo de Ban ocorreu na reunião sobre desarmamento, na 65ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo ele, apenas com o empenho coletivo será possível obter resultados mais rápidos.

“Os próximos anos serão críticos. Nós podemos fazer progressos no campo da não proliferação nuclear e do fim do desarmamento ou andar para trás”, advertiu Moon. “As diferenças e preocupações podem e devem ser abordadas por meio de negociações. É essa a essência da diplomacia multilateral”, acrescentou.

Ban afirmou que as condições para esse objetivo melhoraram após os recentes acordos bilaterais e multilaterais, mencionando o novo Tratado para a Limitação e Redução de Armas Estratégicas entre Rússia e Estados Unidos.

Para o dirigente da ONU, os próximos cinco anos serão chave para fazer progredir o tema da destruição de armamento convencional e de destruição em massa.

Ban advertiu que os gastos militares aumentaram 50% nos últimos 10 anos, absorvendo recursos de grande necessidade na luta contra a pobreza e a mudança climática e pela segurança alimentar, a saúde e outros problemas.

A reunião para a reativação da Conferência sobre o Desarmamento esteve precedida pelo quinto encontro ministerial em apoio ao Tratado de Proibição de Testes Nucleares.

Esse instrumento conta até agora com a assinatura de 182 dos 192 Estados membros da ONU, mas só foi ratificado por 153. Para entrar em vigor deve ser endossado também por China, Coreia Democrática, Egito, Índia, Indonésia, Irã, Israel, Paquistão e Estados Unidos.

Por sua vez, Guatemala, Iraque, Papua Nova Guiné e Tailândia já se manifestaram a favor de ratificar o Tratado, aberto às assinaturas em 1996.

Da redação, com agências