Vanessa ganha direito de resposta contra Arthur no Amazonas

Na última pesquisa divulgada pela empresa Perspectiva, Eduardo Braga, colega de chapa de Vanessa, aparece na liderança com 44% das intenções de votos, seguido por ela com 24%. O candidato do PSDB é o terceiro com 22%. A pesquisa considerou apenas os votos válidos.

Diante do quadro desfavorável, o tucano usou o espaço reservado ao programa do candidato ao governo, Hissa Abraão (PPS), para atacar diretamente a candidata. Faz um quadro comparativo pelo qual ele sempre é o melhor parlamentar.

A Justiça Eleitoral julgou inverídica a afirmação, por exemplo, de que Vanessa votou contra o salário mínimo de R$ 600. Sobre isso, o juiz Dimis da Costa Braga considerou que não há “respaldo probatório, visto que não houve nenhuma votação nesse sentido no Congresso Nacional”. A candidata ganhou seis minutos como direito de resposta.

Na avaliação do comando da campanha de Vanessa, bateu o desespero na porta do adversário porque a candidata só cresce e sente isso nas ruas da capital e do interior.

Campanha intensa

Questionada sobre a movimentação nesta reta final, Vanessa disse que a rotina de trabalho no comitê não pára. O local é o principal ponto de encontro dos cabos eleitorais e apoiadores que vão até lá para pegar o material de campanha e participar de reuniões com os coordenadores.

“A movimentação será intensa até o final da campanha, respeitando logicamente as regras eleitorais. O pessoal da campanha está com um ânimo muito acentuado por causa do grau de aceitação de nossa candidatura tanto na capital quanto no interior. Nesta reta final são muitas as adesões que recebemos de todos os cantos do Estado”, disse.

No último final de semana, os candidatos majoritários da coligação Omar Aziz, que disputa a reeleição ao governo, Eduardo e Vanessa fizeram campanha em cinco municípios: Urucurituba, Maués, Barreirinha, Nhamundá e Parintins.

Em meio a exaustiva campanha, a candidata concedeu a seguinte entrevista ao Jornal do Commercio: 

Como a senhora avalia o desdobramento da campanha até agora?

Vanessa: O perfil das campanhas política mudou. Eu sou do tempo em que uma campanha durava seis meses, direto. Hoje ela se resume a três meses, por isso temos que intensificar as ações, principalmente numa campanha majoritária onde temos que cobrir a capital e o interior num estado continental como o nosso. Por isso redobramos o esforço, com viagens para o interior, panfletagem e caminhadas pelas ruas de Manaus. Vamos manter o ritmo que sempre marcaram minha campanha: pé na estrada, corpo a corpo e olho no olho. 

Quais suas estratégias para a campanha na reta final?

Vanessa: Intensificar o ritmo de campanha, participando de reuniões e comícios na capital e no interior do Estado ao lado de Eduardo Braga (senador) e Omar Aziz (governador), meus companheiros de chapa. Estrategicamente vamos nos dividir para pedir votos em locais diferentes e, assim, atingir um número maior de eleitores. Estive em Urucará, Eirunepé e Nova Olinda do Norte nos últimos dias e devemos fazer Parintins nas próximas horas. No último final de semana, fiz caminhada pelas principais ruas da cidade e visitei empresas, entre elas, a Nokia, Moto Honda e Samsung. O balanço que faço neste final de campanha é que percorri com Omar e Eduardo quase todos municípios amazonenses. Também fiz muito porta de fábrica e caminhei pelas ruas dos bairros mais populares. Em todo lugar é visível a aceitação e o crescimento da nossa candidatura.

Em caso de vitória, qual será sua principal ação no Senado?

Vanessa: Acima de tudo manter a nossa independência. Vou votar no que for bom pra nossa gente e contra o que for ruim. Minha garra, minha combatividade ninguém tira. Nossa principal função é legislar. Por isso vou apresentar propostas e votar naquelas que são de interesse do país e do Amazonas. No geral, manterei a postura que sempre tive como parlamentar, ou seja, estarei ao lado dos trabalhadores e em defesa da Zona Franca de Manaus. Isso significa que vamos lutar para tornar os incentivos fiscais do modelo permanente e expandi-los à região metropolitana de Manaus. Defenderei essa proposta porque sei que é o melhor caminho para alavancar o interior, gerando emprego e renda para nosso povo. Quero estar ao lado de Eduardo e da Dilma, que será a primeira mulher a governar o país, para ajudar Omar Aziz, que será reeleito, a ajudar o Amazonas. Com dois senadores do Amazonas amigos de Dilma e com trânsito no governo ficará mais fácil defender o Amazonas.

De Manaus,
Iram Alfaia