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Greve na França mobiliza estudantes e bloqueia refinarias

Em toda a França realizam-se nesta sexta-feira manifestações estudantis, enquanto a maioria das refinarias era mantida sob bloqueio.

As manifestações em todo o país são decorrentes da reforma previdenciária, que aumenta de 60 para 62 a idade mínima de aposentadoria e de 65 para 67 a idade com direito à previdência completa.
Uma das principais preocupações do governo na disputa com os sindicatos é a paralisação brusca de dez das 12 refinarias da França Metropolitana.

Na manhã desta sexta a polícia desmantelou os bloqueios que eram mantidos por grevistas nas refinarias de Fos-sur-Mer, junto a Marselha, e os de Bassens, na periferia de Bordeaux.
Diante do medo de que em poucos dias haja escassez de combustíveis – o consumo subiu 50% na última semana -, o governo autorizou nessa quinta-feira os grupos petrolíferos a usarem suas reservas para abastecer os clientes. Essa medida não afeta as reservas estratégicas, que só são ativadas em casos de crise internacional.

De forma simultânea, o principal sindicato das transportadoras, a CFDT, convocou bloqueios nas estradas e "operações caracol", pela qual caminhões desaceleram a circulação nos principais eixos viários.

Enquanto o Senado continua a tramitação do projeto de lei sobre previdência – o voto definitivo deveria ocorrer na próxima quarta-feira, o governo francês tem de enfrentar também as manifestações estudantis, que aderiram ao movimento dos trabalhadores.

Segundo o Ministério da Educação, na quinta-feira (14) havia 340 escolas de ensino médio afetadas por essas mobilizações, mas as entidades estudantis garantem que eram mais de 500.

Com agências