Alckmin e Goldman dão início a transição de governo em São Paulo

O atual governador de São Paulo, Alberto Goldman, e o governador eleito, Geraldo Alckmin, iniciaram nesta quarta-feira (3) o processo de transição. Alckmin afirmou que dará continuidade aos mesmos princípios da atual administração e que poderá manter alguns dos secretários na nova gestão, mas não quis adiantar os nomes.

"Não há nenhuma ruptura. Será a continuidade absoluta dos valores e dos princípios que vêm desde a época do Mário Covas. O programa vai avançando e a equipe será a melhor possível, para a gente poder trabalhar", disse o governador eleito, em entrevista coletiva na sede do governo.

Entretanto, sabe-se que ele e o ex-governador José Serra pertencem a grupos rivais do PSDB, o que deve influenciar na composição do secretariado. Pessoas como José Aníbal e outros tucanos defenestrados por Serra na última gestão devem reaparecer no próximo governo.

Alckmin ressaltou que espera colaboração de todas as instâncias de governo em sua gestão. Segundo ele, a responsabilidade sobre a educação e a segurança pública, por exemplo, deverá ser compartilhada com o governo federal e as prefeituras.

"Numa federação é fundamental a colaboração entre os entes federativos, porque não há responsabilidades estanques. Vamos pegar a saúde. De quem é a responsabilidade? É dos três líderes de governo: federal, estadual e municipal. Há que haver um entendimento importante (entre os três)", disse.

O governador eleito destacou que sua administração dará prioridade para as regiões metropolitanas do estado. De acordo com ele, está em estudo a criação de uma secretaria para o desenvolvimento metropolitano ou a incorporação do tema na atual Secretaria de Desenvolvimento. As regiões metropolitanas poderão ainda ser administradas por uma secretaria executiva composta pelos prefeitos das cidades e pelo governador.

Alckmin disse ainda que as questões relativas à Copa do Mundo de 2014 terão prioridade do governo do estado.

Com estas últimas declarações Alckmin sinaliza que não fará como seu antessessor, que boicotou as ações do Governo Federal no estado ao longo dos últimos anos. Entretanto, com tais declarações, mais do que indicar parceria com Dilma, Alckmin ventila o prenúncio do enterro político de Serra no governo do estado de SP.

Da redação, com informações da Agência Brasil