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Naufrágio de corveta foi complô, diz investigação norte-coreana

O Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) publicou, na última terça-feira (2), a primeira parte da investigação conduzida pelo grupo de Inspeção do orgão sobre o naufrágio da corveta sul-coreana Cheonan, em abril deste ano.

Conforme as investigações realizadas pelo CDN, a tragédia foi utilizada por Estados Unidos e as "forças armadas títeres" sul-coreanas para levantar uma onda de acusações contra a RPDC, elevando a tensão na Península Coreana.

Desde o início, qualificamos de complô a 'teoria da intervenção do Norte (da Coreia)' nesse incidente e declaramos a todos a vontade de esclarecer até o fim a verdade sobre o caso", diz o texto distribuído pela Embaixada da RPDC no Brasil.

A Coreia do Norte propôs que sul-coreanos e norte-americanos permitissem que um grupo de inspeção do Comitê de Defesa Nacional da RPDC investigasse no local os vestígios e as causas do naufrágio da corveta. O pedido foi negado "por temor à revelação da parte obscura do caso".

"Os imperialistas norte-americanos e o bando traidor de Lee Myung Bak impediram obstinadamente a investigação no local pelo CDN e se apressaram a publicar o chamado 'resultado da investigação' do 'grupo de investigação conjunto de civis e militares'", diz o texto.

"Queriamos revelar ao mundo a verdade do caso da Cheonan, de maneira mais científica e justa, depois que concluissemos a investigação no local por parte do grupo de inspeção do CDN".

No entanto, os estadunidenses e os sul-coreanos negaram a participação dos acusados na investigação, inclusive se negaram a levar até a divisa entre as duas partes da Coreia os supostos vestígios do artefato que teria afundado a corveta.

Assim, a CDN resolveu publicar a primeira parte e a base dos dados recolhidos até a data em uma ata, "para que o mundo perceba como é um absurdo complô o incidente do naufrágio da Cheonan".

Alguns tópicos do documento demonstram que o artefato, supostamente um torpedo, que afundou a corveta, não seria fabricado de alumínio, como acusa a "investigação oficial" sul-coreana e estadunidense.

Assim como a unidade propulsora, acusada pelos norte-coreanos de não ter nenhuma correspondência com os motores que são utilizados em seus torpedos, além da ausência de vestígios do explosivo que supostamente carregava o torpedo.

O documento aponta também outras dezenas de incongruências e falsidades da suposta investigação conduzida pelos acusadores do naufrágio da corveta.

O documento em sua íntegra pode ser lido no blog Solidariedade com a Coreia, em espanhol.

Da redação