Sem categoria

Rússia rechaça reforço da segurança europeia em seu detrimento

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reforça sua segurança às custas de terceiros, indicou na última quinta-feira (9) a chancelaria russa, ao comentar o acordo militar firmado entre a Polônia e os Estados Unidos.

"Pôs-se em prática um velho reflexo condicionado da Otan de reforçar sua segurança às custas de terceiros”, diz o comunicado. A Rússia considerará tal acordo como parte de um plano secreto da Aliança Atlântica tornado público recentemente por WikiLeaks, acrescenta.

O plano consiste no emprego da base aérea da cidade de Lack para o estacionamento de caças-bombardeiros F-16 e aviões de transporte militar, o que se somaria à instalação, desde dezembro de 2009, de uma bateria de mísseis Patriot em solo polonês.

Vamos a tomar em conta o plano polaco-estadounidense no momento de conformar o desenvolvimento das forças armadas e no trabalho com nossos aliados, diz o documento.

Por seu lado, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, indicou que esperava uma resposta clara sobre os vazamentos de WikiLeaks sobre o plano de contingência Eagle Guardian para defender a Estônia, a Lituânia, a Letônia e a Polônia da “ameaça proveniente da Rússia”.

Os planos foram aprovados em dezembro de 2009, paralelamente às sessões do conselho Rússia-Otan, nas quais se aproximavam as posições, depois de um esfriamento posterior a agosto de 2008 e em que se discutiam importantes documentos para sinalizar a aproximação.

Ademais, agregou Lavrov, na cúpula do último dia 20 de novembro, em Lisboa, quando se declarava que Moscou e Bruxelas desenvolveriam contatos de colaboração em suas estratégias, por outro lado se aprovava um plano para se contrapor à suposta ameaça de Moscou.

Por seu lado, o representante da Rússia perante a Aliança Atlântica, Dmitri Rogozin, exigiu que o pacto militar euro-atlântico ponha fim a seus planos secretos de patrulhamento com caças e de reforço das costas com unidades navais no Mar Báltico.

A melhor maneira de demonstrar que a Rússia não é em absoluto vista pela Otan como uma ameaça é sua retratação oficial sobre os referidos planos secretos na região, opinou Rogozin. Ele também não excluiu que a prisão do fundador de WikiLeaks, Julian Assange, tenha ocorrido no sentido de pressionar para que venham à tona fatos que pudessem comprometer de alguma forma a Rússia.

Fonte: Prensa Latina