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Aldo Rebelo admite candidatura alternativa a presidente da Câmara

Depois do desastroso anuncio dos líderes do DEM e PSDB de apoio a Marco Maia (PT-RS) à Presidência da Câmara, isso sem um debate na base dos partidos, o ex-presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), avaliou que o descontentamento é grande entre os parlamentares o que pode resultar numa candidatura alternativa. Aldo e Júlio Delgado (PSB-MG) são nomes cotados para a disputa.

“O processo de escolha do presidente da Câmara, na forma como está sendo conduzido, está gerando desconforto e insatisfação em grande número de parlamentares. Por isso, vamos iniciar um processo de consulta para a possibilidade de uma candidatura alternativa, com a condição de que o nome lançado seja de um representante da base governista. Se viabilizarmos um nome, será para ganhar”, disse Aldo Rebelo às Agências.

Na oposição a crise em torno da candidatura do petista já estaria implantada. O acordo fechado pelos líderes do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), e do PSDB, deputado João Almeida (BA), com Marco Maia teria sido duramente criticado pelos parlamentares de ambos os partidos. Os dois não teriam consultado as bases antes de fazer o anuncio.

Consultas

Diante da insatisfação, o bloco formado pelo PCdoB, PSB e PDT começará um processo de consulta sobre a possibilidade de um candidato alternativo. "O processo de consulta vai examinar a possibilidade de uma candidatura alternativa", disse Aldo.

Para evitar qualquer confronto com o futuro governo de Dilma, os parlamentares que estão comandando o processo explicam que vão trabalhar por um nome da base. “Não é um nome que desencadeia o processo, é o processo que desencadeia o nome. Se viabilizarmos um nome, é para ganhar a eleição”, explicou Aldo.

O processo de sucessão na Casa já vem sendo debatido há semanas pelos líderes do PCdoB, PSB, PDT DEM e do PPS. A ideia é que o bloco formado por PT e PMDB não tenha supremacia absoluta sobre as demais siglas na ocupação dos espaços de poder no parlamento.

PT e PMDB fecharam um acordo para comandar a Câmara durante toda a legislatura. No primeiro biênio (2011- 2013), o cargo de presidente da Casa seria exercido pelo PT e no segundo (2013-2015) pelo PMDB.

De Brasília,
Iram Alfaia com informações de Agências