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Ministros do Hezbollah renunciarão para derrubar governo libanês

Pelo menos 11 ministros pertencentes ao movimento Hezbollah e seus aliados políticos vão hoje apresentar as suas demissões, forçando o colapso do Governo de coligação liderado pelo primeiro-ministro Saad al-Hariri.

“A declaração de demissão já está escrita e vai ser anunciada às 16h30 (12h30 em Brasília)", confirmou uma fonte política libanesa à agência noticiosa britânica Reuters. A saída desses 11 ministros “é suficiente para imediatamente fazer cair” o Executivo, completou a mesma fonte, sob anonimato.

Esta potencial crise deu os primeiros sinais na véspera, quando uma série de políticos do país denunciaram que a Síria e Arábia Saudita tinham falhado em firmar um acordo visando amenizar as tensões políticas no Líbano por causa do tribunal constituído, sob os auspícios das Nações Unidas, para julgar os assassinos do pai do chefe do Governo, o antigo primeiro-ministro Rafik al-Hariri.

Os desentendimentos gerados pelo curso desta investigação praticamente paralisaram o chamado governo de unidade libanês, relançando também receios de um novo eclodir da violência sectária no país.

O Hezbollah nega persistentemente ter tido qualquer envolvimento no ataque à bomba que causou a morte de Rafik al-Hariri, e 22 outras pessoas, em 2005; e acusa o tribunal formado para julgar o caso de ser não mais do que “um projeto de Israel”. O movimento instou o primeiro-ministro a rejeitar as conclusões do tribunal – o que Hariri recusou.

Com agências