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China indica 5 pontos para cooperação com EUA e expõe diferenças

O presidente chinês Hu Jintao, em visita aos Estados Unidos, lançou na quinta-feira (20) uma proposta de cinco pontos para promover o desenvolvimento das relações sino-americanas. O presidente Hu expôs sua proposta em um discurso pronunciado durante jantar oferecido por associações de amizade dos Estados Unidos.

"Devido à situação internacional complexa e em mudança assim como a diversos riscos e questões, os povos de nossos dois países deveriam reforçar a cooperação e trabalhar em concerto com os povos de todo o mundo para compartilhar as oportunidades, enfrentar os desafios e construir um futuro melhor para a humanidade", indicou o presidente Hu.

Durante a primeira década deste século, a China e os Estados Unidos fizeram importantes progressos no estabelecimento de relações positivas, cooperativas e globais para o século 21. As relações sino-americanas alcançaram uma amplitude e uma profundidade sem precedentes, de acordo com a opinião do presidente chinês.

"Estamos totalmente confiantes com as perspectivas das relações sino-americanas. Eu gostaria de propor as seguintes medidas para fortalecer o crescimento sólido e estável de nossas relações”, disse Hu Jintao.

Primeiramente seria necessário manter no espírito os interesses gerais, adotar uma perspectiva de longo prazo e fazer esforços ativos para promover a parceria de cooperação sino-americana, indicou Hu.

As duas partes deveriam considerar e tratar as relações bilaterais de um ponto de vista global adaptando-se às tendências de nossa época.

"Nós devemos manter nossas relações sobre o caminho da igualdade, do respeito e da confiança mútuos, do benefício recíproco e do desenvolvimento comum. Com essa finalidade, nós devemos aumentar os intercâmbios de alto nível, aprofundar e ampliar as comunicações em todos os escalões, compreender melhor as intenções estratégicas e os caminhos de desenvolvimento do outro e fortalecer a confiança mútua, dispersar os malentendidos e construir um consenso”, acrescentou.

Em segundo lugar, seria necessário aproveitar as oportunidades e tomar medidas inovadoras para estabelecer um novo modelo de cooperação econômica mutualmente benéfica. A China e os Estados Unidos procedem ambos a uma reestruturação econômica, aumentam seus investimentos na proteção ambiental, nas energias renováveis e na inovação tecnológica, e promovem o desenvolvimento da saúde, da educação e de outros programas sociais, indicou o presidente chinês.

"Tudo isto nos oferece novas oportunidades para promover novos terrenos de cooperação econômica”, avaliou Hu.

Em terceiro lugar, seria necessário intensificar a comunicação e as consultas e aprofundar a coordenação e a cooperação entre as duas partes para tratar os desafios globais, assim como as principais questões internacionais e regionais, prosseguiu o líder chinês.

A China e os Estados Unidos deveriam buscar a cooperação global como parceiros para assumir as responsabilidades comuns e enfrentar os desafios comuns, agregou Hu.
Em quarto lugar, seria necessário aprofundar a amizade e promover vigorosamente os intercâmbios de amizade entre os diversos setores dos dois países. O desenvolvimento das relações sino-americanas repousa sobre o amplo apoio e a participação ativa dos povos dos dois países.

"Nós devemos elaborar um bom programa de intercâmbios e de cooperação nos terrenos da cultura, da educação, da ciência e da tecnologia, entre outros, e encorajar ainda mais o diálogo e os intercâmbios entre as instituições legislativas, as autoridades locais, as empresas, as instituições universitárias, os meios de comunicação e ainda outros setores, para que cada vez mais pessoas apóiem uma relação americana sólida e se engajem de maneira ativa nessa grande causa", declarou o presidente Hu.

Em quinto lugar, seria necessário que um se comporte em relação ao outro com respeito, tratando-se de igual para igual, e que as questões maiores e sensíveis sejam resolvidas de maneira apropriada.

"As questões relativas a Taiwan e ao Tibete tocam a soberania e a integridade territorial da China, e representam os interesses fundamentais da China. Nós esperamos que a parte americana honrará seus compromissos e trabalhará conosco para preservar os progressos realizados em nossas relações”, sublinhou Hu.

"A China e os Estados Unidos diferem em matéria de história, cultura, de sistema social e de nível de desenvolvimento. É, portanto, normal, que tenhamos desacordos e fricções”, acrescentou Hu Jintao.

"Nós devemos fortalecer a confiança mútua, remover os obstáculos existentes e trabalhar em concerto para construir uma parceria de cooperação sino-americana baseada no respeito mútuo e no benefício recíproco”, declarou.

Fonte: China Daily, edição em francês

Tradução da redação do Vermelho