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Polícia encontra indício de fraude em outras provas da OAB

O presidente da outrora prestigiada Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, gosta de arrotar moralidade sempre que a mídia o convoca para criticar eventuais falhas em exames como o Enem, realizado pelo Ministério da Educação. Mas quando o problema é dentro de casa, o dirigente da Ordem minimiza a situação.

Nesta semana, a Polícia Federal descobriu que dois outros exames da OAB de 2009 foram fraudados. Com isso, tem indícios de que as três edições daquele ano tiveram vazamento. A PF encontrou irregularidades na primeira e na terceira avaliações. Na terceira, a fraude ocorreu nas duas etapas.

Em 2010, a PF apontou que a segunda prova teve problemas no gabarito e a Ordem chegou a cancelá-la.

A OAB não pretende cancelar os exames e vai esperar o fim das investigações para anular as carteiras que autorizam os recém-formados a atuarem no mercado.

A pedido da PF, a Ordem solicitou que o organizador do exame forneça todas as informações das três seleções. A PF espera esses dados para identificar o total de beneficiados.

Segundo as investigações, dois policiais rodoviários fotografaram os exames e venderam reproduções.

No Rio, o Ministério Público Federal propôs ação civil pública para que as provas do ano passado no Estado sejam corrigidas novamente. Na ação, o MPF afirma que a correção das provas da segunda fase se reduziu a uma análise técnico-jurídica, sem levar em conta aspectos como correção gramatical.

Ophir Cavalcante classificou como "guerrilha" a ação do MPF e disse que "as provas foram elogiadas por professores".