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Movimentos protestam em Brasília contra Belo Monte

“Belo Monstro” é como chamam a usina hidrelétrica de Belo Monte os manifestantes que estiveram nesta terça-feira (8), em Brasília, para protestar contra a construção da obra. A manifestação é uma resposta à autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para construção dos primeiros canteiros e acampamentos da usina de Belo Monte no final de janeiro.

Os manifestantes, que se reuniram em frente ao Congresso Nacional e caminharam até a praça dos Três Poderes, querem entregar duas petições e quatro abaixo-assinados à presidente Dilma Rousseff. Os documentos pedem a paralisação imediata do projeto da hidrelétrica.

De acordo com líderes do movimento, os documentos somam cerca de 600 mil assinaturas. Em um deles, a Carta pela Aliança dos Rios da Amazônia, as entidades fazem 12 reivindicações, como a democratização do planejamento energético brasileiro, o respeito à legislação ambiental e o cancelamento definitivo do complexo energético de Belo Monte.

As entidades que assinam a carta são Movimento Xingu Vivo para Sempre, Aliança Tapajós Vivo, Movimento Teles Pires Vivo, Campanha Popular Viva o Rio Madeira Vivo, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira e Movimento Atingidos pelas Barragens. O documento cita que outras 78 entidades endossam os pedidos.

A usina de Belo Monte terá capacidade instalada superior a 11 mil MW (megawatts). A primeira unidade geradora deverá entrar em operação comercial em fevereiro de 2015. Os investimentos previstos são da ordem de R$19 bilhões.

No último dia 26 de janeiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), liberou uma "Licença de Instalação Específica” que autoriza a construção dos primeiros canteiros e acampamentos da usina de Belo Monte.

Um informe liberado pela Ibama dava conta de que a licença permitia ainda que a Norte Energia realizasse obras como a melhoria das estradas de acesso e a terraplanagem. Além disso, estava permitida a "supressão de vegetação de 238 hectares para a implantação do canteiro e acampamento do sítio Belo Monte”.

De Brasília
Com agências