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Militares prometem eleições e manifestantes deixam praça Tahrir

Milhares de manifestantes deixaram a praça Tahrir, no centro do Cairo, depois que a junta militar que assumiu o poder no Egito anunciar domingo a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição e prometer deixar o poder e realizar eleições no prazo de seis meses. Nesta segunda, militares expulsaram os que continuavam no local.

O anúncio foi celebrado por muitos manifestantes que permaneciam acampados na praça Tahrir e que viram nisso um rompimento claro com o antigo regime.

No pronunciamento, o Comando Militar declarou ainda que irá formar um comitê para elaborar uma nova Constituição, que será depois submetida a um referendo popular.

O presidente Hosni Mubarak, que estava no poder desde 1981, renunciou na sexta-feira após 18 dias de protestos populares.

Os militares declararam feriado bancário nesta segunda-feira em uma tentativa de organizar o retorno do país à normalidade após quase três semanas de protestos e paralisações.

A Constituição egípcia, suspensa no domingo, proibia muitos grupos e partidos de participar em eleições, deixando o Egito na prática com um Parlamento dominado pelos apoiadores do Partido Nacional Democrata (PND), de Mubarak.

Durante a transição, o gabinete de ministros indicado por Mubarak no mês passado, após o início dos protestos, seguirá governando, mas terá que submeter as decisões ao conselho militar para aprovação.

O opositor Ayman Nour, que concorreu contra Mubarak nas eleições presidenciais de 2005, descreveu as medidas anunciadas pelos militares como “uma vitória da revolução”.

O primeiro-ministro Ahmed Shafiq disse que sua principal prioridade é restaurar a segurança no país.

Com agências, atualizado às 11h38