Sem categoria

Brasil gerou mais de 152 mil empregos formais em janeiro

O Brasil gerou 152.091 empregos formais – com carteira assinada – em janeiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Foram admitidos 1,65 milhões e demitidos 1,49 milhões de trabalhadores.

É o segundo melhor saldo da série histórica, que teve início em 1992. O melhor saldo para meses de janeiro foi em 2010, quando foram gerados 181.419 empregos formais.

Os setores que mais contribuíram para o saldo positivo foram os de serviços (71.231), da indústria de transformação (53.207) e da construção civil (33.358). Por fatores sazonais, os únicos setores que apresentaram saldo negativo foram o comércio (-18.130) e a administração pública (-1.042).

O Sudeste foi a região que apresentou a maior geração de empregos (71.095), seguido do Sul (49.075) e do Centro-Oeste (28.552).

Apesar da expectativa de crescimento menor do País em 2011 e do corte do orçamento este ano, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mantém a projeção de criação de 3 milhões de empregos com carteira assinada em 2011. No ano passado, foram criados pouco mais de 2,5 milhões de postos. Lupi justificou que os cortes de gastos anunciados pelo governo estão concentrados em custeio, e não em investimentos. "No máximo, 10%, 15% disso é corte de investimentos, que já não eram mais prioritários", afirmou.

Para o ministro, o emprego será impulsionado este ano principalmente pelos serviços, comércio e construção civil – este último setor mostrou pequeno arrefecimento no segundo semestre do ano passado, em função do período eleitoral.

Já a indústria não deverá se apresentar como um grande carro-chefe no mercado de trabalho, mantendo um ritmo de crescimento muito próximo ao verificado em 2010. No ano passado, a indústria foi responsável pela criação de 485.028 vagas com carteira de trabalho assinada. No ano anterior, em função do impacto da crise financeira internacional, o setor gerou 10.865 postos.

Para Lupi, o fato de o mês de janeiro de 2010 ter registrado a criação de mais empregos formais que no mesmo período de 2011 não representa uma desaceleração da criação de empregos. Para ele, o número de 2010 foi fortemente influenciado pela recontratação de funcionários, principalmente pela indústria brasileira, que acabou dispensando seus quadros no auge da turbulência. "Os quadros comparativos são diferentes", avaliou. "Atipicamente, em janeiro de 2010, a indústria bombou mais porque tinha demitido mais com a crise."

Com agências