Sem categoria

Conselho de Segurança da ONU está dividido sobre agressão à Líbia

Segundo informações da Agência Lusa e da BBC de Londres, veiculadas no Brasil início da manhã desta sexta-feira (11) pela Agência Brasil, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), formado por cinco países com assentos permanentes e dez rotativos – entre eles, o Brasil -, está dividido sobre a eventual imposição da zona de exclusão aérea na Líbia.

A ideia, segundo diplomatas que integram o órgão, é aguardar as decisões da Liga Árabe e da União Africana para assumir uma posição sobre o tema e convocar uma reunião extraordinária para discutir o assunto. A União Africana tomou posição clara contra a intervenção militar externa.

A expectativa é que até o começo da próxima semana seja anunciada uma decisão por parte do Conselho de Segurança da ONU.

Para o Brasil, segundo o chanceler Antonio Patriota, é fundamental respeitar o que o Conselho de Segurança definir. No mês passado, o governo brasileiro apoiou a imposição de sanções à Líbia, como o embargo à venda de armas.

Líderes revolucionários latino-americanos, como Fidel Castro, Hugo Chávez e Daniel Ortega têm rechaçado o caminho da agressão militar e propugnam uma solução pacífica para os problemas internos da Líbia.

Na presidência do conselho, a China é contrária a qualquer ação militar na Líbia, assim como a Rússia. Os governos da França, que na quinta-feira reconheceu a oposição armada da Líbia como “governantes legítimos”, e do Reino Unido têm posições opostas e defendem a zona de exclusão aérea. Há um projeto de resolução, elaborado por franceses e ingleses, sobre a proposta. Mas ainda não foi apresentado aos demais 13 membros do conselho.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi o primeiro a reconhecer o Conselho Nacional de Transição – integrado por oposicionistas armados ao regime dolíder líbio, Muamar Kadafi – como “representante legítimo do povo líbio”. Sarkozy informou que pretende nomear um embaixador francês para Benghazi, cidade escolhida pela oposição para ser a “capital” da Líbia. A atitude de Sarkozy confirma-o como um governante imperialista que ultrapassou todos os limites na sua pretensão de levar a França e a União Europeia a aventuras bélicas contra países soberanos do norte da África, região considerada prioritária para a política externa francesa.

O representante da França na ONU, Gérard Araud, afirmou que estão sendo estudadas todas as opções. "Mas temos de considerar a realidade do Conselho de Segurança", ressalvou. Segundo ele, os “próximos dias serão muito importantes". "Teremos várias reuniões de alto nível com a Liga Árabe e a União Africana”, disse.
Da Redação, com agências