Wagner Gomes desmente Folha: a CTB vai, sim, às ruas contra Obama
O presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil), Wagner Gomes, reafirmou a participação dos sindicalistas da entidade nas manifestações contra a visita do presidente norte-americano, Barack Obama, ao país. A declaração de Wagner foi uma resposta ao jornal Folha de S.Paulo, que noticiou equivocadamente um suposto recuo de parte dos movimentos a pedido do governo federal.
Por André Cintra
Publicado 18/03/2011 13:25
Com o título “No, we can't”, nota publicada nesta sexta-feira (18) na seção “Painel”, da Folha, afirmava que, “depois da intervenção do Planalto, a mobilização sindical em repúdio à visita de Obama ao Rio perdeu força. CUT e CTB recuaram. Conlutas, PSTU e PSOL farão ato no domingo”.
“O ‘Painel’ da Folha não condiz com a realidade”, declarou Wagner ao Vermelho. Segundo ele, a CTB não apenas “mantém sua contrariedade à visita” como também vai “reforçar a mobilização” nas ruas do Rio de Janeiro. “Convocamos nossos militantes e vamos protestar. Como já deixamos claro, Obama é persona non grata”, agregou o presidente cetebista, em alusão ao manifesto lançado por entidades brasileiras.
O texto Obama – Persona non grata é assinado por CTB, CMS, UNE, MST, Cebrapaz, CUT, CSP-Conlutas e Intersindical. Segundo as entidades, “o atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de ocupar países e agredir povos em nome da ‘luta ao terrorismo’. Obama tem reiterado que o objetivo fundamental do seu governo no setor externo é reafirmação da hegemonia estadunidense no mundo, inclusive na área militar”.
As entidades acusam “a ampliação da presença militar dos EUA na região, tanto as iniciativas dirigidas a instalar novas bases militares na Colômbia, quanto a movimentação de tropas na Costa Rica e no Panamá”. De acordo com a nota, “a política dos Estados Unidos para a América Latina não mudou em nada. Não aceitamos a manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador”.