PCdoB mantém apoio ao governo Dilma, diz Vanessa Grazziotin

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou nesta terça-feira (21), no plenário do Senado Federal, as resoluções aprovadas na reunião do Comitê Central do partido, realizada no último final de semana em São Paulo. As resoluções tratam do apoio ao governo Dilma Rousseff, da economia nacional, dos 90 anos do Partido Comunista do Brasil e do posicionamento crítico ao ataque militar liderado pelo governo norte-americano à Líbia.

Grazziotin disse que a legenda reafirmou seu apoio ao governo Dilma por acreditar que a presidente vai dar continuidade aos avanços iniciados durante os oito anos de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com relação à política econômica, a senadora ressaltou que o PCdoB acredita ser necessária a adoção, pelo Brasil, de medidas alternativas de combate à inflação, “aumentando a oferta de produtos e, ao mesmo tempo, procurando restringir o endividamento das famílias”, explicou.

Outros caminhos, na linha econômica, defendidos pelo PCdoB, são a superação da má distribuição de renda e a valorização do salário, além da redução da taxa de juros a fim de beneficiar os investimentos e diminuir as despesas com os juros das dívidas públicas.

“Precisamos de um sistema tributário que cobre menos de um número maior de contribuintes, essa é a lógica principal, e de uma reforma tributária que não tribute com tanta força exatamente os setores da economia que mais geram empregos”, afirmou a senadora.

Ataque à Líbia

Outra resolução aprovada pelo PCdoB, condena a recente incursão militar de países ocidentais na Líbia. “Mais uma vez os países imperialistas instrumentalizam a ONU, que deveria ser a guardiã da paz em nível internacional, e abrem uma nova frente de guerra, além do Iraque e do Afeganistão. Acreditamos que a intervenção não vai resolver o conflito interno. Só vai agravá-lo”, disse Grazziotin.

90 anos do PCdoB

O Partido Comunista do Brasil completa 90 anos no dia 25 de março de 2012, e já deu início às comemorações. A senadora destacou que a programação dará visibilidade ao rico elenco de lutas que resultou em conquistas para os trabalhadores e à Nação. “Uma atuação, na maior parte dos anos, muito difícil, porque o partido esteve durante longos períodos na clandestinidade. Mas nunca, nunca deixamos de atuar” lembrou.

De Brasília,
Iram Alfaia