SindMetal quer fortalecer órgão que protege saúde do trabalhador

Um dos grandes problemas que acontece hoje nas empresas instaladas na Região é a precariedade na comunicação dos acidentes de trabalho. Por não existir um sistema eficiente de integração entre os órgãos responsáveis por zelar pela integridade do trabalhador, em muitas situações é possível que o empregador tente driblar a lei deturpando a natureza do problema para minimizar suas responsabilidades.

O SindMetal quer mudar este quadro. Para isso está articulando com o poder público o fortalecimento do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Amparo (Cerest), órgão do qual é um dos co-fundadores, em 2004. O Cerest é um serviço público de saúde especializado que atende qualquer trabalhador com problemas de saúde que possam ser causados ou agravados pelo trabalho, que são encaminhados pelas Unidades de Saúde da Família, Centro de Especialidades, Sindicatos de Trabalhadores, entre outros.

No início de março uma reunião envolvendo membros do SindMetal, da coordenadoria do Cerest e a vice-prefeita e secretária de Saúde de Amparo, Ana Luzia de Castro, discutiu formas de fortalecer o trabalho do Cerest e criar um novo modelo de comunicação dos acidentes laborais. Este modelo seria baseado no que foi implantado em Piracicaba, onde o Cerest dispõe de um Sistema de Vigilância dos Acidentes de Trabalho (SIVAT) que registra os acidentes no município e intervém nos ambientes e processos de trabalho para prevenir novas ocorrências. Um software divulga simultaneamente o acidente aos órgãos de segurança tão logo é aberta a CAT.

Segundo o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú, o objetivo é tornar o Cerest Amparo um órgão com atuação de fato regional, apoiado pelas prefeituras, que deverão criar áreas para cuidar da saúde do trabalhador, hoje praticamente inexistentes nas administrações. O modelo implantado em Piracicaba será estudado e debatido em uma nova reunião marcada para abril.
Para o engenheiro de Saúde e Segurança do SindMetal, Eduardo Martinho Rodrigues, a reunião foi positiva. “Nossa ideia é afinar as experiências de Piracicaba e Amparo, ajudando a melhorar as condições de saúde do trabalhador em geral, não apenas dos metalúrgicos”.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SindMetal Jaguariúna e Região