Arte: Intervenção urbana relembra desaparecidos políticos

Intervenção Urbana que discute questões referentes ao Direito à Memória dos Desaparecidos Políticos pela Ditadura civil-militar brasileira. A ação faz parte da programação da “Jornada Para Não Esquecer” realizada em Fortaleza.

Os Aparecidos Políticos, juntamente com o Coletivo Curto Circuito, a partir de uma perspectiva da relação entre arte e política (ou ativismo) realizou, em Fortaleza (CE) uma série de intervenções urbanas no intuito de discutir questões concernentes ao direito à memória relacionado à atualidade.

As ações, como parte da “Jornada Para Não Esquecer”, foram realizadas nas mediações do centro de Fortaleza, em espaços que carregam não somente concretos, ruas asfaltadas e prédios altos: um corpo urbano, mas em espaços que carregam o peso de conflitos, de pausas e gritos. Em cada ação o grupo escolheu um local que teve/tem relação com o período da Ditadura Militar (1964-1984) e fixou cartazes dos rostos de mortos e desaparecidos políticos.

Locais escolhidos

Em Frente à Casa do Estudante

Antônio Theodoro é um desaparecido político que já foi diretor daquele alojamento de estudantes universitários.


Seminário da Prainha

O Seminário da Prainha serviu e ainda serve de espaço para diversas reuniões e articulações de movimentos sociais. Na época da Ditadura foi também espaço para reuniões, principalmente de setores ligados à Igreja Progressista.


Corregedoria dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará

Uma espécie de ouvidoria da Polícia na qual trabalha José Armando Costa (ex-delegado da Polícia Federal), que é acusado de ser conivente com sessões de espancamento contra pelo menos cinco ex-presos políticos cearenses. A Associação 64/68 Anistia e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República já pediram a exoneração do cargo, por esse delegado ter sido, por exemplo, citado no texto da Arquidiocese de São Paulo (Brasil Nunca Mais) que relaciona ações de agentes do Estado brasileiro que obtiveram informações de presos políticos por meio da tortura física ou psicológica.


23º Batalhão de Caçadores (Exército)

Tem a missão de garantir a lei e a ordem e os poderes constitucionais, formar reservistas para compor a reserva mobilizável. Na época não garantiu tais poderes constitucionais, pelo contrário, foi espaço de arquitetura do chamado Terrorismo de Estado.

Mais em:

Coletivo Curto-Circuito

Não esquecer jamais

Fonte: Aparecidos Políticos