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Itamaraty pede paz nos países árabes e critica ataques à Líbia

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou nesta quarta-feira (27) que os países árabes precisam de "paz e desenvolvimento" e reiterou suas críticas aos ataques do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) contra a Líbia, pois, disse, podem ter efeitos contrários aos desejados.

Patriota participou de uma audiência realizada na Comissão de Relações Exteriores do Senado, na qual abordou diversos aspectos da agenda internacional, com especial ênfase na situação provocada pelas revoltas em diversos países árabes.

O ministro indicou que a comunidade internacional deve buscar fórmulas que permitam levar "paz, desenvolvimento e segurança" a essas nações, das quais, segundo ele, que ficaram "excluídas" do processo de globalização e da "prosperidade" levada a outras regiões.

Em relação ao caso particular da Líbia, que é alvo de uma ofensiva militar da Otan, Patriota considerou que a situação "se voltou mais complexa" desde o início da agressão.

Patriota ressaltou que o Brasil, membro rotativo do Conselho de Segurança, se absteve da votação que autorizou os ataques justamente pelo temor de que eles provocassem um efeito contrário ao desejado, que é a proteção da população civil.

Ele reiterou as críticas do Brasil aos bombardeios que foram lançados por aviões da Otan contra supostas propriedades do presidente do país, Muamar Kadafi, que, em sua opinião, estão fora do marco traçado pela resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Patriota, esses ataques poderiam não ser "compatíveis" com as resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança, pois vão além do objetivo de "proteger a população civil".

Com agências