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Grupo de Contato usará dinheiro líbio para ajudar amotinados

O Grupo Internacional de Contato para a Líbia, instituição criada pelo imperialismo para gerenciar aspectos não militares da agressão ao país africano, gerenciará o dinheiro líbio confiscado no Ocidente como ajuda para os amotinados. A revelação foi feita nesta quinta-feira (5) em Roma, onde o grupo se reuniu.

Nos EUA, há US$ 30 bilhões confiscados, na Alemanha são 6 bilhões de euros. Segundo o grupo, o dinheiro deve reverter à população para "amenizar o sofrimento" do povo líbio. O Grupo afirma que o dinheiro faz parte da "fortuna de Muamar Kadafi".

O Grupo irá criar um fundo especial de apoio financeiro ao Conselho Nacional de Transição na Líbia, formada pelos militares amotinados e rebeldes que se opõem, por meio de guerra civil, ao presidente do país, Muamar Kadafi.

Segundo alega o grupo, o fundo estará submetido a "rigorosas medidas" de controle, sem explicitar quais seriam.

Somente na Alemanha, as contas bancárias bloqueadas pertencentes à Líbia totalizam 6,1 bilhões de euros. O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, alegou que o dinheiro, proveniente na verdade das exportações de petróleo, deve ficar nas mãos "do povo líbio", indicando que somente reconhece como "povo líbio" o autodeclarado Conselho Nacional de Transição.

Devido a suas reservas de matéria-prima, a Líbia é uma das nações mais ricas do continente africano, o que é, verdadeiramente, a razão para a agressão contra um dos ex-aliados das potências imperialistas europeias no norte da África.

O Grupo de Contato foi criado em março último, sob o pretexto de "coordenar uma solução pacífica" para a Líbia. Mas é apenas um conselho gestor dos aspectos não militares da agressão, já que seus integrantes participam da operação militar internacional contra o país árabe.

Estimulados pela promessa de injeção de crédito, os amotinados, sediados na cidade de Bengazi, clamam por "créditos internacionais" de até US$ 3 bilhões, para gastar em armamentos.

O presidente do Conselho dos amotinados, Mahmud Djibril, também esteve em Roma, assim como os representantes de 40 países e organizações internacionais, incluindo a ONU, a Otan, a Liga Árabe e a União Africana.

Com agências