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Bornhausen anuncia que sai do DEM, mas ficará sem partido

O presidente de honra do Partido dos Democratas (DEM), Jorge Bornhausen (SC), declarou hoje que está deixando a legenda. Ele afirmou, porém, que seu destino não será o PSD, partido idealizado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.

 O ex-senador por Santa Catarina garantiu que, por enquanto, fica sem partido.

"Vou me desfiliar, mas não tenho razão para continuar participando da atividade partidária", disse.

A declaração de Bornhausen foi feita durante uma palestra do vice-presidente Michel Temer sobre reforma política, organizada pela Associação Comercial de São Paulo, em um hotel na capital paulista. O prefeito Kassab também estava presente no evento.

Aos 73 anos, o advogado anunciou que deixa o PFL (Partido da Frente Liberal, atual DEM), partido que ajudou a fundar, em 1985. Pela legenda, ele ocupou o cargo de senador por Santa Catarina entre 1999 e 2007. Antes disso, havia sido eleito ao Senado pelo PDS (Partido Democrático Social), entre 1983 e 1991.

Bornhausen também foi governador de Santa Catarina entre 1979 e 1982 (na época, pela Arena), ministro da Educação em 1986 e 1987 e embaixador do Brasil em Portugal, durante os primeiros quatro anos do governo de Fernando Henrique Cardoso.

Em 2005, durante o auge da crise política enfrentada pelo governo Lula no episódio que a mídia apelidou de "mensalão", Bornhausen chegou a dizer que ao menos “a gente vai se ver livre dessa raça por pelo menos uns 30 anos”, referindo-se ao PT e seus filiados.

Anos depois, em 2009, durante comício em Santa Catarina, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o "DEM precisa ser extirpado da política brasileira”. Na época, a família Bornhausen, que liderava o DEM no Estado, criticou severamente o presidente. Mas agora, parece que ela própria assumiu a tarefa de "extirpar" o DEM.

Com agências